Ana Laura Costa
Sempre que chove com certa intensidade, os moradores da rua São Clemente, no bairro do Tapanã, em Belém, vivem diversos transtornos.
De acordo com informações de moradores da área, a rua já está alagada há pelo menos três dias, desde a última segunda-feira (13), já que a água não tem para onde escoar e o curto intervalo entre as chuvas não permite a secagem.
Na tarde de hoje (15), ainda era possível observar as marcas deixadas pelo alagamento, nas paredes internas da loja de materiais de construção, na qual Mário Santos, 55, é proprietário. Ele conta que, dessa vez, não teve prejuízos materiais porque não deixou os sacos de cimento no piso, mas já chegou a perder R$ 500,00 em sacos de cimento em outro período do inverno amazônico.
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“Trabalho há 3 anos neste local, moro em Icoaraci, mas todo esse tempo aqui, é a mesma coisa. Já vi muito motorista tendo prejuízo por meter o carro nessa água toda. Aqui, a águia invade toda vez, ainda mais que passa ônibus, moto, van, tudo! Aí joga toda essa água para dentro do estabelecimento. É muito ruim, já pensou três dias seguidos nessa situação?”.
Outra trabalhadora prejudicada pelo transtorno é a manicure Luziete Santos, 30. Enquanto aguarda o ônibus passar para não se molhar, conta que terça-feira (14) deixou de faturar uma grana extra porque não tinha condições de sair de casa e seguir pela rua até a casa da cliente.
“Tem três dias que isso não seca, toda vez é isso. A gente até deixa de ganhar dinheiro, de trabalhar por conta de uma situação dessas. Hoje estou indo assim mesmo, não dá pra deixar essa situação parar a gente, não é? A gente nem pode parar, não, é isso”, conta.
