Grande Belém

Vendedores de sombrinhas faturam mais em dias de chuva

Pelas ruas da capital, é comum encontrar ambulantes que oferecem uma diversidade de produtos

FOTO: WAGNER ALMEIDA
Pelas ruas da capital, é comum encontrar ambulantes que oferecem uma diversidade de produtos FOTO: WAGNER ALMEIDA

Ana Laura Costa

Por volta de 11h da manhã desta segunda-feira (13), chuvas constantes deram às caras em Belém e Região Metropolitana. Já por volta de 15h da tarde, apesar do chuvisco tímido, o transtorno já estava instaurado no trânsito e não passou despercebido. Em vários pontos da cidade, o trânsito ficou lento.

De acordo com o Instituto de Nacional de Meteorologia (Inmet), o mês de março será chuvoso no Estado. Mas se para alguns isso pode significar transtornos para sair de casa, para os ambulantes que vivem das vendas de sombrinhas na capital, a chuva é sinal de oportunidade de renda extra.

Segundo o autônomo Josué Maués, 60 anos, que vende sombrinhas há pelo menos 30 anos na Av. Presidente Vargas, em Belém, quanto mais forte a chuva, melhor para as vendas. Maiores, os guarda-chuvas estão sendo vendidos a R$ 30. Para quem gosta de praticidade, as sombrinhas são comercializadas a R$ 25. “Olha, hoje as vendas foram boas, mas porque a chuva foi forte, aí não tem como, a pessoa se vê obrigada a comprar para poder sair de um ponto para outro. Então, as vendas dependem muito do volume de chuva, quanto mais forte, melhor para a gente. As sombrinhas são as mais vendidas porque dá para colocar dentro da mochila e bolsa, aí o pessoal prefere elas”, comenta.

O vendedor Mauro Mendes, 50, além de revender, também conserta os objetos para quem não pretende gastar comprando um novo guarda-chuva. “As vendas estão melhorando, mas tem dias que a gente ganha o do dia mais com consertos de sombrinhas que os clientes trazem. Ao invés de comprar uma nova, eles pedem para consertar porque sai mais em conta. Tem dia que consigo faturar até trezentos reais”, afirma.

E o belenense que se preze, não sai de casa sem uma sombrinha. Na parada de ônibus, na Av. Presidente Vargas, a dona de casa Graci Batista, 68, aguarda o transporte e se protege da chuva com uma sombrinha que ela já tem há tempos, confessa. “Sempre ando com sombrinha, não saio de casa sem uma. Para não esquecer, costumo deixar dentro da bolsa já, nem tiro mais. E tem outra, a maioria das paradas de ônibus não tem cobertura, então, é mais do que necessário andar com uma mesmo, para se proteger”, alega.

Em outro ponto da cidade, no início da Av. Almirante Barroso, a empregada doméstica Joyce Souza, 42, comenta que também não sai de casa sem o objeto. “Sabe que essas coisas são fáceis de quebrar, justamente para a gente comprar a toda hora, então, tenho muito cuidado, e não saio de casa sem a minha. É o tempo dela, quem sai de casa sem nada para se proteger está dormindo no ponto”, ressalta.