Grande Belém

Quilo da carne bovina consumida na capital segue caro

A carne bovina consumida no Pará é segura, garante sindicato do setor. Foto: Wagner Almeida
A carne bovina consumida no Pará é segura, garante sindicato do setor. Foto: Wagner Almeida

Ana Laura Costa

Apesar de apresentar um ligeiro recuo em janeiro deste ano, a carne consumida pelos paraenses continua cara em comparação aos últimos 12 meses.

Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos no Pará (Dieese/PA), a trajetória do preço do quilo da carne bovina (Coxão Mole/Chã, Cabeça de Lombo e Paulista), comercializada em feiras livres, mercados, açougues e supermercados de Belém, apresentou o seguinte histórico: em janeiro de 2022, o quilo foi comercializado, sempre em média, a R$ 37,18 e encerrou o ano sendo vendido R$ 39,15.

No início de 2023, em janeiro, o preço do quilo da carne bovina apresentou uma queda de 2,02% em relação ao valor distribuído em dezembro do ano passado.

Conforme informações do departamento, em função das recentes questões sanitárias, é cedo para avaliar os possíveis impactos no mercado de comercialização da carne bovina não só no Pará, como no Brasil.

Ainda segundo o estudo do Dieese/PA, mesmo com o recuo no comparativo de preços dos últimos 12 meses, de janeiro de 2022 a janeiro de 2023, o produto acumula ainda acumula alta de 3,17%. O preço ainda pesa bastante no bolso dos assalariados, que comprometem mais da metade do que ganham para a comprar a cesta básica.

O consumo mensal de carne bovina por trabalhador no Pará é de cerca de 4,5 quilos, com isso estima-se que o gasto total no início de 2023 para consumir o produto foi de R$ 172,62, com impacto de mais de 14% em relação ao salário mínimo. Isso significa que o trabalho necessário para adquirir o produto foi o equivalente a 29 horas e 10 minutos.