Grande Belém

ENEM 2022: Escola estadual de Belém comemora ótimas notas

Estudantes tiveram um ótimo desempenho na prova de redação, com notas médias entre 700 a 980 pontos. Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.
Estudantes tiveram um ótimo desempenho na prova de redação, com notas médias entre 700 a 980 pontos. Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.

Pryscila Soares

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou na última quinta-feira (9) o resultado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), aplicado em novembro de 2022. Com as notas em mãos, diversos alunos do terceiro ano da Escola Estadual Albanízia de Oliveira Lima, no bairro do Marco, em Belém, celebraram o ótimo desempenho na prova de redação. A média de notas dos alunos variou entre 700 a 980 pontos, sendo a nota máxima obtida por um estudante da instituição.

Agora, os candidatos podem se inscrever na seleção do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), o processo pelo qual as instituições públicas de ensino superior oferecem vagas a candidatos participantes do Enem. E podem ainda se inscrever no Prouni, um programa que oferece bolsas de estudo, integrais e parciais (50%), em instituições particulares de ensino superior, em cursos de graduação e sequenciais.

Detentor da maior nota na redação do Albanízia, o estudante Luiz Roberto Gonzalez, 17 anos, cursou todo o ensino médio na instituição e alcançou 980 pontos. Para o jovem, o grande diferencial foi ter iniciado a preparação para a prova desde o primeiro ano do médio. No segundo ano, Luiz intensificou ainda mais a rotina de estudos e chegou a fazer a prova naquele ano como “treineiro”, alcançando 860 pontos na redação. Já no terceiro ano, ele fez o Enem para valer e conseguiu atingir uma pontuação acima da média.

PREPARAÇÃO

“A minha preparação aconteceu desde o primeiro ano, pesquisava modelos, vídeos de pessoas mostrando como montava uma redação. Sempre me dediquei porque não queria toda aquela pressão do terceiro ano. Fiz cursinhos de redação on-line. Chegou o terceiro ano e eu estava com muita vontade de conhecer a professora Ione e ver como era o trabalho dela. Gostei muito de como ela explicava, dos modelos. Era um curso praticamente. E, também, me inscrevi num curso de redação com uma professora que eu tenho muito carinho, que elucidou muitas dúvidas”, disse Luiz, que não esperava alcançar uma nota tão alta.

“Todo o meu esforço e conhecimento fizeram com que eu tivesse essa nota, mas eu não esperava. Às vezes, pensava ‘nossa, não vou conseguir. É uma prova muito difícil’. Quando vi a nota foi algo mágico. Passou uma história na minha cabeça de tudo o que eu passei, das noites em claro, de andar em ônibus lotados. Fiquei muito feliz de ter acontecido comigo”, declarou o jovem, que almeja uma vaga na Faculdade de Psicologia da Universidade Federal do Pará (UFPA).

MÉTODO

Responsável pela disciplina de redação e língua portuguesa do terceiro ano da escola, a professora Ione Franco criou um método próprio de ensino, que tem gerado muitos frutos e notas altas no Enem entre os alunos da instituição. “Tenho uma metodologia de construção e reconstrução do texto, trabalho muitos repertórios com eles e mais o conhecimento de mundo deles, que é bem importante para somar com esses repertórios. É um treinamento intenso. Trabalho um único tema praticamente o ano inteiro, porque preciso que eles reconheçam a língua portuguesa dentro desse texto e toda a estrutura da redação. O diferencial que considero, além disso, é o atendimento individual. Trabalho aluno por aluno”, pontuou a professora.

DICAS PARA REDAÇÃO

Quem também pretende cursar psicologia na UFPA ou em uma instituição particular com bolsa do Prouni é a estudante Adrya Mancio, 18 anos. A aluna do Albanízia alcançou 960 pontos na redação do Enem e dá dicas para quem vai se preparar para a prova este ano.

“A minha redação foi muito voltada para o projeto construção e reconstrução de texto da professora Ione Franco. Ela dava as aulas e eu praticava em casa. Primeiro tem que saber como começa uma redação. Tem que saber o que é uma introdução, um desenvolvimento, uma conclusão e eu não tinha muita noção do que era e de como eu teria que fazer. Mas fui absorvendo aquilo que a professora falava e, também, fui pesquisando fora. Assistia documentários sobre o tema que ela tinha passado e eu fui juntando as informações”, explicou a jovem.