Planta nativa da Amazônia e já conhecidíssima pelos paraenses, o jambu tem ganhado destaque na gastronomia brasileira. Conhecida por seu efeito peculiar de provocar uma sensação de dormência na boca, a folha é um ingrediente essencial em diversos pratos típicos da região, como o tacacá e o pato no tucupi.
Mais que o sabor, a dormência e “tremedeira” na boca são características do consumo da planta, não só nos pratos, mas também na tradicional cachaça de jambu, e os olhares têm se virado para ela, em especial da indústria farmacêutica, por suas propriedades anestésicas.
O que é o jambu?
O jambu (Spilanthes acmella) é uma planta herbácea que pertence à família das Asteraceae. Suas folhas e flores são comestíveis e possuem um sabor característico que provoca uma sensação de formigamento ou dormência na língua. Essa reação é causada pela presença de um composto chamado espilantol, que atua como um anestésico local leve. O espilantol não apenas proporciona essa experiência sensorial única, mas também possui propriedades anti-inflamatórias e analgésicas.
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Tradicionalmente utilizado na culinária amazônica, o jambu é frequentemente encontrado em pratos típicos do Pará. Sua popularidade cresceu nos últimos anos, levando chefs renomados a incorporá-lo em diferentes receitas. Além de ser utilizado em preparos clássicos, como caldos e sopas, o jambu também pode ser adicionado a saladas, risotos e até mesmo pizzas, mostrando sua versatilidade na cozinha.
Propriedades e benefícios do jambu
Além de seu uso culinário, o jambu possui diversas propriedades benéficas à saúde. Estudos indicam que o espilantol presente na planta pode ajudar a aliviar dores de cabeça e desconfortos musculares devido ao seu efeito analgésico. Além disso, as folhas do jambu são ricas em vitaminas A e C, além de minerais como cálcio e ferro.
A utilização do jambu na medicina tradicional amazônica remonta há séculos. Os indígenas da região já conheciam suas propriedades curativas e utilizavam a planta para tratar diversas condições de saúde. Hoje em dia, com o avanço da pesquisa científica, há um crescente interesse em explorar essas propriedades para desenvolver novos tratamentos.
