O edital de licitação para os restaurantes oficiais da COP30, que ocorrerá em Belém em novembro de 2025, proibiu a comercialização de pratos típicos da culinária paraense como açaí, tucupi e maniçoba. A medida gerou forte repercussão, especialmente entre autoridades e representantes culturais da região.
A justificativa apresentada pela Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI), responsável pela licitação, é o risco sanitário, com foco na possibilidade de contaminação por Trypanosoma cruzi, agente causador da doença de Chagas, especialmente relacionado ao açaí não pasteurizado.
Além disso, o documento considera que alimentos como tucupi e maniçoba podem conter toxinas naturais caso não sejam corretamente preparados ou pasteurizados. Diversos outros produtos também foram vetados, como:
- Maionese caseira
- Ostras cruas
- Carnes malpassadas
- Sucos in natura
- Molhos caseiros
- Bebidas abertas sem nota fiscal
- Leite cru e derivados não pasteurizados
- Doces caseiros com ovos/cremes sem refrigeração
- Gelo artesanal
- Produtos artesanais sem rotulagem ou registro sanitário
🚨 Reação do Governo: “Vai ter açaí SIM”
Diante da repercussão negativa, o ministro do Turismo, Celso Sabino — que é paraense — afirmou nas redes sociais que o edital será retificado. Ele garantiu a presença dos pratos típicos da Amazônia na COP30.
“Com nossa reação imediata, o edital da OEI será republicado e então:
👉 Vai ter açaí, vai ter tacacá e vai ter maniçoba na COP30 SIM!”, escreveu.
Segundo ele, a gastronomia paraense será valorizada como símbolo da identidade amazônica diante do mundo:
“A gastronomia paraense é parte essencial da nossa cultura e vai estar no centro do mundo, na porta de entrada da Amazônia.”
A expectativa agora é pela publicação de um novo edital com a permissão oficial para a comercialização dos pratos típicos, desde que respeitadas as exigências sanitárias.