ACÚMULO DE CARGOS

Do Marajó a Pirabas: o caso do veterinário que 'estava em dois lugares ao mesmo tempo'

Entre 2011 e 2016, o ex-servidor atuou simultaneamente em São João de Pirabas e no Marajó, descumprindo as cargas horárias mínimas exigidas.

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Foi publicado nesta quarta-feira (3), no Saiu o edital da quarta edição do Enam, a principal porta de entrada para quem deseja seguir a carreira de juiz no Brasil.
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O Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) obteve decisão irrecorrível em ação civil por improbidade administrativa contra um ex-servidor público que acumulava ilegalmente dois cargos de médico veterinário em municípios diferentes, sem compatibilidade de horários. A sentença, já transitada em julgado, foi proferida na comarca de São João de Pirabas e confirma a condenação do ex-agente, sem possibilidade de novos recursos.

Caso de acumulação irregular

Entre 2011 e 2016, o ex-servidor atuou simultaneamente em São João de Pirabas e São Sebastião da Boa Vista (Marajó), descumprindo as cargas horárias mínimas exigidas:

  • Em São João de Pirabas, deveria cumprir 160 horas mensais, mas trabalhava apenas 66 horas.
  • Em São Sebastião da Boa Vista, a exigência também era de 160 horas, mas ele cumpria apenas 88 horas.

Investigação do MPPA constatou que, na prática, o servidor atuava apenas 15 dias por mês em cada município, insuficiente para justificar os vínculos. Essa conduta causou prejuízo de R$ 110.902,11 aos cofres públicos, valor que deverá ser integralmente ressarcido.

Condenação e tentativa de recurso

A sentença determinou:
✔ Restituição integral do dano ao erário;
✔ Perda da função pública;
✔ Aplicação de sanções previstas na Lei de Improbidade Administrativa (Lei nº 8.429/1992).

O réu tentou recorrer, alegando que:

  • As prefeituras conheciam sua jornada;
  • Compensava as horas não trabalhadas com atividades extras e plantões.

No entanto, o MPPA reforçou que a acumulação violou princípios constitucionais da administração pública e causou dano financeiro ao Estado.

Com a decisão definitiva, o ex-servidor terá que ressarcir o valor e cumprir as sanções legais.

Clayton Matos

Diretor de Redação

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.