Com médicos em greve, PSM do Guamá só atende 'casos graves'

Em greve devido aos atrasos nos pagamentos dos plantões, os médicos que trabalham no Pronto-Socorro do Guamá esclareceram, em comunicado ao Sindicato da categoria, que o atendimento dos casos de urgência e emergência está sendo feito utilizando-se o Protocolo de Manchester que estabelece a classificação de atendimento conforme gravidade. Segundo os profissionais, os casos classificados como não urgentes estão sendo orientados a procurar outros serviços como UPAs e HPSM da 14 de março.

A equipe média reiterou que a remuneração dos trabalhadores está atrasada por quase 60 dias. “A equipe ressalta ainda que as verbas pleiteadas pelos médicos são referentes a salários e que, portanto, possuem natureza alimentar, merecendo especial proteção, já que tanto o regime jurídico único que prevê o pagamento de salário até o último dia de cada mês, quanto o art 459 § 1º da Consolidação das Leis do Trabalho estabelece o pagamento até o quinto dia útil do mês subsequente ao vencido”, informa o comunicado.

Os profissionais aguardam que a situação seja solucionada com urgência por parte da Secretaria de Saúde do Município para que o atendimento seja normalizado o mais brevemente possível.

“Estamos negociando com a gestão da Secretaria de Saúde com o objetivo de equacionar os atrasos nos pagamentos e a solução para repor equipamentos e medicamentos necessários para a prática da boa medicina”, diz Wilson Machado, diretor do Sindicato dos Médicos do Pará (Sindmepa), que se reuniu, na última segunda-feira, com o titular da Sesma Pedro Anaisse. Durante o encontro, Anaisse prometeu fazer parte dos pagamentos ainda nesta semana e pediu 90 dias para um diagnóstico completo dos problemas a serem solucionados.