Uma vistoria realizada em conjunto pelo Sindicato dos Médicos do Pará, Comissão de Saúde da OAB/Pará, Conselhos Regionais de Medicina e de Enfermagem ao Hospital e Pronto Socorro do Guamá, em Belém, constatou diversas irregularidades, como pacientes à espera de cirurgia ou com lesões graves internados em situações precárias; leitos de UTI incompletos – sem monitores, manguito de pressão e bombas sem equipo – falta de remédios básicos e atraso nos pagamentos da equipe médica que superam os 60 dias.
A equipe encontrou um paciente com doença infectocontagiosa que há oito dias aguardava por transferência. Com feridas expostas, o paciente contou que precisa usar o banheiro comum, o único disponível para pacientes que ocupam outros dez leitos improvisados. Todos compartilhando a mesma cadeira de banho, segundo a vistoria.
À equipe, alguns pacientes relataram ainda que não conseguem realizar exames de imagem, como endoscopia, por exemplo, mesmo em situação de urgência. Chamou a atenção também a falta de medicamentos como dipirona e furosemida. De acordo com a denúncia da equipe de vistoria, em casos mais urgentes, familiares dos pacientes se mobilizam para tentar comprar o essencial.
Após a vistoria foi realizada uma reunião com os presentes à fiscalização com os representantes do Hospital. O CRM constatou a ausência de uma Comissão de Ética no Hospital e, além disso, as diretorias Clínica e Técnica estariam ocupadas pelo mesmo médico, o que atesta irregularidade. (Com informações do Sindmepa)