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Jader defende auxílio extra para familiares de pescador falecido

Neste momento de crise hídrica na região, senador paraense chama atenção para situação de famílias cujo beneficiário pode ter falecido

Jader alerta que o falecimento do beneficiário acaba por deixar a família em situação precária FOTO: DIVULGAÇÃO
Jader alerta que o falecimento do beneficiário acaba por deixar a família em situação precária FOTO: DIVULGAÇÃO

O senador Jader Barbalho (MDB) apresentou uma emenda ao texto da Medida Provisória (MP) 1263/24 que cria um auxílio extraordinário de R$ 2.824 para pescadores artesanais dos municípios afetados por seca ou em situação de calamidade pública reconhecida pelo Governo Federal na região Norte. Ele propõe que o benefício chegue também às famílias dependentes do pescador beneficiário que já tenha falecido, como forma de garantir uma renda extra durante uma das mais fortes crises hídricas dos últimos anos. A medida provisória foi publicada ontem, 8, no Diário Oficial da União e prevê beneficiar pescadores cadastrados no seguro defeso. O texto é similar à MP 1192/23, que no ano passado também socorreu a categoria.

“Parabenizo o Governo Federal pela iniciativa, tendo em vista a grave situação hídrica que a região Norte está enfrentando. No entanto, o texto da medida provisória não deixa claro o que acontecerá se for constatado o óbito do beneficiário, muito menos se a família ou seus dependentes poderão receber o auxílio. Não é incomum o falecimento de pescadores, que acabam deixando suas famílias em situação financeira precária”, ressalta o senador.

A estiagem extrema, que tem assolado diversos estados da Amazônia brasileira este ano, inclusive o Pará, tem provocado danos significativos nas comunidades que dependem da pesca como fonte de renda. “Os pescadores artesanais encontram-se em situação de extrema vulnerabilidade, com suas atividades prejudicadas em decorrência da diminuição dos níveis de água, escassez de peixes e redução da capacidade de sustento de suas famílias”, explicou Jader ao frisar a necessidade de aprovação do texto.

Mais recentemente, em 23 de setembro, a ANA aprovou uma declaração de escassez para o trecho baixo do rio Tapajós, especialmente no trecho entre Itaituba e Santarém, no Pará, onde as vazões estão abaixo dos mínimos observados historicamente. Atividades como a navegação e as estruturas de captação de água foram afetadas, porque precisam de níveis adequados de água para funcionar.

“Diante da importância que o assunto requer, considero esta emenda mais do que justa para as famílias e para os dependentes do pescador beneficiário que já tenha ido à óbito, como forma de garantir uma renda extra em um momento tão difícil”, reforçou.