EXPOSIÇÃO

Estação das Docas: fiéis já podem ficar mais próximos da corda do Círio

Os 400 metros da corda que serão utilizados na procissão do Círio de Nazaré estão em exposição no armazém 1 desse ponto turístico até o dia 12 de outubro

Devotos de Belém e turistas estão tendo a oportunidade de ficarem mais próximos de um dos maiores símbolos do Círio de Nossa Senhora de Nazaré

FOTO: ANTONIO MELO
Devotos de Belém e turistas estão tendo a oportunidade de ficarem mais próximos de um dos maiores símbolos do Círio de Nossa Senhora de Nazaré FOTO: ANTONIO MELO

Quem visitou a Estação das Docas ontem, 30, em Belém, teve a oportunidade de ficar mais próximo da Corda Oficial do Círio 2024, um dos mais importantes símbolos da fé paraense.

“É um momento diferente sem a procissão. Para nós que trabalhamos aqui pode-se dizer que é uma prévia do Círio. Me sinto honrado de estar perto deste ícone, é uma oportunidade única que pretendo aproveitar bastante, sinto que minha fé permanece inabalável”, disse Edilson Correia, gerente do Amazon Beer.

Esta é a quinta vez que a Estação das Docas recebe a Corda Oficial do Círio, momento que já se estabelece como um dos mais aguardados dentro da programação do projeto ‘Círio na Estação’, tudo para que os paraenses e turistas que visitam a capital possam sentir mais forte o espírito do Círio de Nossa Senhora de Nazaré.

Até mesmo quem veio de fora sentiu a energia que o Círio de Nossa Senhora de Nazaré repassa aos fiéis. “Sou fé em Nossa senhora, e a exposição aqui na Estação possibilita ao fiel um momento marcante com a corda, com o simbolismo, o que ela representa. Passar por aqui é sentir uma prévia de tudo o que está por vir”, declarou Ohanna Barros, projetista.

Os 400 metros da corda que serão utilizados na procissão do Círio estão em exposição no armazém 1 até o dia 12 de outubro, dentro do horário de funcionamento do espaço, que é de domingo à quinta-feira, das 10h à meia-noite, e às sextas e aos sábados das 10h à 1h.

HISTÓRIA

A corda passou a fazer parte do Círio em 1885, quando uma enchente da Baía do Guajará alagou a orla desde próximo ao Ver-o-Peso até as Mercês, no momento da procissão, fazendo com que a berlinda ficasse atolada e os cavalos não conseguissem puxá-la.

Os animais então foram desatrelados e um comerciante local emprestou uma corda para que os fiéis puxassem a berlinda. Desde então, foi incorporada às festividades e passou a ser o elo entre Nossa Senhora de Nazaré e os fiéis.

Algo que a Sandira Milhomem faz questão de ressaltar. Nascida no Pará, a agricultura reside no Maranhão e, hoje, após 17 anos, pode se reconectar com a maior festa religiosa do país. “Esse momento aqui permite nos aproximar do Círio. O Círio, em si, muita gente não conhece pessoalmente, só pela televisão, e por nós foi o único contato que tive. Então está aqui hoje simboliza todo o amor que eu tenho pela nazinha, e sinto que ela está olhando por mim, cuidando, como sempre esteve”.