Grande Belém

Indígenas Warao concluem curso de Empreendorismo Digital da Prefeitura de Belém

Indígenas Warao concluem curso de Empreendorismo Digital da Prefeitura de Belém

Quinze indígenas da etnia Warao concluíram, nesta quarta-feira, 14, o curso de Empreendedorismo Digital  realizado pelo programa de qualificação profissional Donas de Si, da Prefeitura de Belém, por meio do Banco do Povo de Belém. A solenidade de culminância do curso contou com a presença do vice-prefeito Edilson Moura e da representante do escritório da Agência da ONU para Refugiados (Acnur) em Belém, Janaína Galvão, entre outras autoridades, no Centro de Educação Profissional (CEP) Belém, do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), onde aconteceram as aulas.

“Não sei como expressar. Foi muito importante para mim ter feito o curso de Empreendedorismo Digital”, agradeceu a indígena venezuelana Mariluz Mariano, com dificuldades de falar em português. Ela foi a oradora da turma.

Direcionado a indígenas que estão inseridos na cadeia produtiva do artesanato e que estão interessados em expandir o acesso ao mercado consumidor com a ajuda de recursos da internet, o curso faz parte de um esforço coletivo envolvendo várias instituições para apoiar a independência econômica dos indígenas venezuelanos que escolheram Belém como nova casa. Durante o evento, os indígenas apresentaram bijuterias produzidas com miçangas e cestarias de palha produzidas por eles, além de apresentar um pouco mais da sua cultura com uma dança tradicional.

Também participaram do evento a coordenadora-geral do Banco do Povo, Georgina Galvão; o presidente da Fundação Papa João XXIII (Funpapa), Alfredo Costa; a gerente do CEP Belém, do Senac, Brenda Fortes; e a analista socioambiental do Instituto Internacional de Educação do Brasil (IIEB), que tem desenvolvido ações de incentivo à autonomia dos Warao em parceria com a Acnur, Clémentine Maréchal.

“A pessoa refugiada é como eu ou como vocês, que morava em seu país, estudava, trabalhava, vivia com a família, mas que por circunstâncias adversas, por graves e generalizadas violações de direitos humanos, por perseguições por distintos motivos tiveram que deixar o seu país e cruzar a fronteira internacional”, declarou Janaína Galvão. A representante da Acnur destacou ainda as dificuldades enfrentadas pelos refugiados.