Alexandre Nascimento
A partir de amanhã (1º), os taxistas estão permitidos a cobrar a bandeira 2, em qualquer dia e horário, em Belém. A cobrança se estende até o dia 1º de janeiro de 2023. A cobrança seria uma forma de recuperar perdas, uma vez que a tarifa não passa por reajuste desde 2018, assim como compensar os aumentos no preço do litro da gasolina e álcool, além de ser encarada pelos trabalhadores como o 13º salário da categoria.
“A tarifa básica das corridas está há mais de três anos sem reajuste. Então, como é previsto em lei, demandamos a inclusão integral da bandeira 2, que normalmente é cobrada a partir das 20 horas às 6 horas, de segunda a sexta, e aos sábados a partir do meio dia até às 6 horas de segunda-feira. É uma cobrança que acresce o lucro da categoria”, disse Manoel Waldir, presidente do sindicato dos taxistas de Belém.
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De maneira prática, a aplicação da bandeira 2 pelos taxistas vai incidir no acréscimo do valor que é cobrado por quilômetro rodado, que em bandeira 1 custa R$ 2,69 passará a custar R$ 3,46. “Esse valor acumulado pelos quilômetros percorridos é somado à tarifa cobrada na partida da viagem, que custa R$ 5,61 e que não sofre reajuste há mais de três anos”, completou Manoel Waldir.
No entanto, a cobrança não é obrigatória e fica a critério dos taxistas adotá-la. “A cobrança integral da bandeira 2 é facultada ao taxista, que fica a vontade de adotar cobrança que ele acha mais cabível ou promoções que eles acham mais vantajosas e como meio de ter lucro”, declarou Manoel Waldir.
“Vou adotar apenas em viagens curtas, nas longas não usarei, o que vai me deixar negociar o melhor preço com os clientes, para que ele não pague muito caro, mas que eu também possa lucrar”, afirma o taxista Manoel Brás, 59 anos.
