Grande Belém

Ambulantes faturam com disputa no segundo turno

Ambulantes faturam com disputa no segundo turno

Trayce Melo

Na reta final das eleições para a Presidência da República, vendedores ambulantes ainda faturam com a venda de bandeiras, toalhas, camisetas, bonés e outros produtos com as estampas de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Messias Bolsonaro (PL), em calçadas e canteiros nas ruas de Belém. As toalhas com os rostos de candidatos passaram a ser consideradas um termômetro da preferência dos eleitores nas urnas.

Kelly Oliveira, 38 anos, trabalha há mais de 20 anos no ramo de confecção de bandeiras com o marido na Avenida João Paulo II, uma das principais vias de acesso e saída de Belém. “Nesse 2º turno as pessoas estão comprando mais, só agora de manhã a gente vendeu bastante bandeiras, faturamos cerca de R$ 600,00. No 1º turno não teve toda essa procura, mas essa semana as vendas melhoraram muito”, afirmou. “Entre os itens que mais estão saindo estão as bandeirinhas de carro, que custam R$ 10,00, seguido das bandeiras do Brasil e do Pará por conta das carreatas e estão custando na faixa de R$120,00”.

Kelly  e outros ambulantes têm faturado com a polarização política. FOTOS: Wagner Santana

 

“Não imaginávamos ter toda essa procura, como eu e meu marido que confeccionamos e conseguimos vender por um preço mais em conta, outras pessoas vem comprar com a gente para vender em outras localidades. Já estamos providenciando reabastecer o estoque, mas agora há pouco meu marido disse que os tecidos nas lojas nas cores verde, amarelo e vermelho estão em falta”, relata.

Outro vendedor também na Avenida João Paulo II, Francel Andrade, 47 anos, construtor civil, conta que no período de copa do mundo e eleições garante um extra com a venda de bandeiras. “Hoje as vendas foram muito boas, meus lucros melhoraram em torno de 30% com as eleições. No 1º turno vendi mais itens do candidato à presidência Jair Bolsonaro e nesse 2º turno estão saindo mais itens do candidato Lula. Eu acredito que as vendas vão melhorar mais ainda até o dia da eleição”, projeta.

Em outro ponto de venda em uma calçada na Avenida Duque de Caxias, o vendedor Evaldo Castilho, 41, há 12 anos no ramo de bandeiras e acessórios para carros, avaliou que a disputa vem gerando um bônus ou uma espécie de 13°. “Eu não imaginava que as vendas seriam tão boas. No momento o que mais está saindo são as bandeiras e os bonés”. O vendedor afirma respeitar as preferências políticas de cada eleitor. “Eu aproveito essa rivalidade dos candidatos à presidência para vender. Até domingo de eleição eu acredito que as vendas irão bombar, vai ser uma semana para faturar, o 13º chegando na porta”, pontua.