As informações foram divulgadas pela Secretaria de Assistência Social de Cascavel, que está fazendo o contato com os parentes das vítimas. Dessas 18 recusas, 11 deverão realizar os velórios em espaços particulares, enquanto dois serão velados em Guaíra e outros dois em Toledo. Ainda de acordo com a prefeitura de Cascavel, seis famílias ainda não decidiram o local do velório e três não foram contatadas.
Um plano de emergência foi implementado pelo aeroporto de Cascavel para garantir o máximo de privacidade às famílias que irão receber seus entes queridos. Para isso, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Polícia Militar (PM) farão a escolta dos veículos com as urnas funerárias até o local dos velórios.
Ao todo, o Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo conseguiu identificar 35 corpos retirados dos destroços do avião da Voepass Linhas Aéreas, que caiu em Vinhedo, no interior do estado. Até o momento, 17 restos mortais foram liberados para os familiares.
Há ainda outros 18 corpos em processo de liberação, aguardando apenas documentação complementar. Ao todo, mais de de 40 médicos, equipes de odontologia legal, antropologia e radiologia trabalham na identificação das vítimas.
Os corpos das vítimas do acidente aéreo em Vinhedo começarão a ser transportados pela Força Aérea Brasileira (FAB) até Cascavel nesta terça-feira. As vítimas serão transportadas pela aeronave KC-390 Millennium, operada pelo Primeiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Transporte (1º/1º GT) – Esquadrão Gordo, com decolagem prevista para às 15 horas, a partir da Base Aérea de São Paulo (BASP).
Uma equipe da ACESC, autarquia municipal que administra o serviço funerário e cemitérios de Cascavel, deverá buscar os corpos no aeroporto da cidade e levá-los até o local dos funerais.
Desde ontem, o Centro de Eventos e Convenções da cidade, espaço público com mais de 14 mil metros quadrados, passou por uma “reforma” de última hora para se transformar em uma grande sala de velórios.
De acordo com o último levantamento oficial, 22 das 62 vítimas do avião que caiu em Vinhedo (SP) eram moradoras de Cascavel. Por isso, a prefeitura da cidade sugeriu a realização de um velório coletivo.
Empresas de Cascavel doaram móveis, como cadeiras e poltronas, e itens de decoração, como vasos de flores, para ajudar a deixar o ambiente do Centro de Eventos mais confortável e acolhedor para quem for se despedir das vítimas do acidente aéreo.
A decisão de aderir ao velório coletivo é de cada família.
Texto de: Cícero Bittencourt (especial para O GLOBO)