O Aeroporto Internacional de Belém, sob a gestão da Norte da Amazônia Airports (NOA), realizou na manhã desta terça-feira (23) a 18ª edição da campanha “Troque sua pipa por uma bola”. O evento, que começou às 9h no estacionamento do terminal de cargas do aeroporto e seguiu em ação focada nos bairros localizados nas proximidades do sítio aeroportuário, como a Pratinha I e II, visava alertar a comunidade sobre os perigos de empinar pipas nas proximidades do aeroporto e incentivar práticas mais seguras de lazer.
O superintendente do Aeroporto Internacional de Belém, Rodrigo Garcia, explicou que a campanha é uma ação tradicional do aeroporto e que tem como pretensão a conscientização desde crianças, jovens, adolescentes até adultos sobre a prática de brincadeiras mais saudáveis às próprias pessoas e à aviação principalmente.
“Uma linha de pipa pode ser sugada por um motor de aeronave que esteja pousando ou pode enrolar na cauda da aeronave. São esses os riscos”, afirmou. Garcia destacou que a expectativa para esta edição era trocar cerca de quinhentas bolas por pipas.
Durante a ação, cerca de 12 pessoas estiveram contribuindo para a entrega dos objetivos, organizando a troca de brinquedos e informando a população. Através de um carro de som, os moradores foram chamados a atenção para a mensagem que alertava sobre os perigos de empinar pipas perto do aeroporto e sobre a possibilidade de trocar gratuitamente as pipas pelo brinquedo.
Ainda no aeroporto, Pietro Tavares, de 12 anos, que estava acompanhado do padrasto Carlos Eduardo, técnico de informática, contou que trocou as pipas que caíram na laje da sua casa. “Eu já não gosto tanto de pipa, prefiro brincar de bola; então, aproveitei a oportunidade para trocar e brincar com segurança e sem riscos”, disse Pietro.
Isaque Gabriel, de 8 anos, assim como Heitor Santiago, de 10 anos, ambos residentes da rua De Capricórnio, no bairro Val de Cães, também participaram da troca. “Minha mãe sempre fala sobre o perigo que é brincar de empinar pipa, agora posso brincar sem me preocupar com os aviões”, conta Heitor.
Já a dona de casa Roberta da Silva, 32, ressaltou os benefícios da campanha. “Tenho um filho de um ano e, mesmo que ele ainda não brinque com pipas, é perigoso para os motoristas e para a fiação elétrica. Nunca vi um acidente por aqui, mas sei que é importante conscientizar todos sobre os riscos”, comentou.
A estudante Thaís Oliveira, 26, e mãe do Théo Eduardo, de 4 anos, relatou que não deixa o pequeno brincar com pipas por ser uma brincadeira inapropriada para a idade dele já que, em alguns casos, algumas brincantes utilizam linhas enceradas, com o propósito de torná-las mais cortantes na hora do confronto entre pipas e que, em contato com o corpo humano, o material também pode provocar cortes e lesões. “Embora ele não brinque, consegui uma pipa para fazer a troca e ele ficou muito feliz. Mostro sempre a importância de brincar com segurança”.
