A manhã desta quarta-feira (10) foi marcada por emoção e despedida no Hospital Regional Dr. Abelardo Santos, no Distrito de Icoaraci, em Belém. Neste dia, ocorreu a tão aguardada alta do pequeno Josué de Jesus Xavier, de um ano e dez meses, que ficou 516 dias – um ano e quatro meses – internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e foi transferido para a enfermaria antes de finalmente ir para casa.
Jojoca, como era carinhosamente chamado, deu entrada no dia 9 de fevereiro e recebeu cuidados especializados desde os primeiros dias de vida. Diagnosticado com amiotrofia espinhal tipo 1, o bebê necessitou de atenção constante, proporcionada por uma equipe de 32 profissionais que compõem a UTI Pediátrica, incluindo médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, psicólogos, entre outros.
Emocionada, a mãe do garotinho, Conceição Costa de Jesus, 37 anos, agradeceu a toda equipe do HRAS.
“Todos que receberam o meu filho com muito carinho e cuidaram de nós ao longo de tantos dias. Não foi fácil, mas posso dizer que o tratamento que tivemos tornou essa experiência menos dolorida. Hoje, graças a Deus, estamos recebendo a vitória e mais essa oportunidade da vida”, disse.
Na saída da UTI Pediátrica, Josué foi ovacionado por todos os profissionais que o acompanharam durante o tempo em que permaneceu interno. “Fiquei muito feliz quando recebi uma plaquinha com o carimbo e as mensagens de carinho de cada um para o meu filho. Sei que são sinceras pela forma como esses profissionais cuidaram dele. Guardarei com carinho e levarei para a vida”, completa Conceição.
Segunda alta em menos de 3 meses
Com essa alta, este é o segundo bebê de longa permanência que estava na UTI Pediátrica do Hospital Abelardo Santos a ser liberado. No dia 25 de abril, após 538 dias de internação, Davi Emanoel, de 1 ano e 5 meses, pôde enfim voltar para casa junto com a família. O menino veio do município de Gurupá, localizado na região das ilhas, após sofrer anoxia neonatal (deficiência de oxigênio).
Aline Oliveira acrescenta: “Não podemos esquecer de quem faz o HRAS, que são os profissionais, que proporcionam diariamente um atendimento de excelência, humano e compassivo. Isso faz toda a diferença na jornada de cada paciente. Cada um desempenha um papel crucial no cuidado integrado que permite que tantos outros como Josué possam alcançar a recuperação e voltar para casa”, concluiu.