Grande Belém

Calor ajuda comércio das sorveterias em Belém

Em Belém, clientes elogiam os sabores locais, enquanto os sorveteiros celebram as boas vendas Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.
Em Belém, clientes elogiam os sabores locais, enquanto os sorveteiros celebram as boas vendas Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.

Gilberto Moura

Gelado, saboroso e nutritivo. Há quem diga que não existem regras na hora de se consumir o sorvete, seja em dias com temperatura elevada ou não. Mas, com a chegada do ‘verão amazônico’ no Pará, o produto ganha ainda mais destaque entre a população e vira uma das principais opções de hidratação neste mês de julho, especialmente em Belém.

“Já virou tradição reunir a família, ao menos três vezes na semana, para vir saborear os sorvetes. Então não importa o dia, ninguém aqui abre mão desse refresco que sempre deixa com um gosto de quero mais, principalmente neste período de calor”, afirma Newton Santos, bancário.

Opção que agrada também a sua esposa, Daniela Santos, dona de casa. “Está cada dia mais quente, então sair para tomar um sorvete é tudo de bom. Tenho uma paixão por todos os sabores, então quando chego em uma sorveteria fico alegre, nostálgica… tem um gosto especial de infância”, diz.

Toda essa fama que o sorvete possui hoje é consequência de um toque especial em sua produção. Na capital paraense, por exemplo, o que chama atenção é a adaptação do uso de frutas frescas e típicas da região para o seu preparo, como os sabores de açaí e tapioca.

Sabores que têm história na vida da servidora pública Rosiane Andrade. “Tomar um sorvete era a única coisa que me deixava refrescada, tranquila e sem enjoo na gravidez, mas isso só funcionava com o sabor de tapioca. Eu desejava isso todos os dias da semana quando eu estava grávida da minha filha”, relata.

O hábito repercutiu na vida de Alice Caroline, filha de Rosiane. Hoje, aos 13 anos, a estudante faz questão de tomar sorvete todos os dias. “O sorvete é bem mais do que uma simples sobremesa, é uma guloseima, especialmente o meu favorito, o de tapioca. Lá em casa, todos acreditam na ‘lenda’ que a minha mãe conta e eu agradeço por isso, porque fico livre para tomar sorvete quase todos os dias”, complementa.

Os sabores do Pará conquistam até mesmo quem vem de outro estado. Pela primeira vez em solo paraense, o contador Kauê Martins, morador de São Paulo, escolheu Belém para curtir as férias de verão e encontrou, no sorvete, o jeito mais prático e gostoso de se refrescar.

“Eu já tinha ouvido falar, mas agora que eu estou provando posso afirmar: tudo melhora com sorvete, especialmente esse de muruci, que está me ajudando a manter o calorão longe. Estou simplesmente encantado com muita coisa, mas essa fruta, estou sem palavras. Só que também não vou me limitar a ela, vou provar todas as opções”, elogia.

VENDAS EM ALTAS

Em Belém, esses estabelecimentos já projetam um aumento de 30% nas vendas, se comparado ao mês anterior. “As vendas sempre se mantêm estáveis, mas nesse período é surreal, simplesmente chegam a triplicar, e isso envolve toda a região paraense. Nossa expectativa vem sendo alcançada, as pessoas procuram a nossa loja como uma oportunidade para se refrescar e se manter bem hidratado”, expõe Julio Cesar, gerente de produção da sorveteria Blaus .

“A gente tenta ir além, diversificar os sabores, as formas de consumo, de hidratação. E o sorvete foi criado para oferecer uma experiência gostosa e nutritiva ao cliente, por isso a gente incluiu novos sabores, como o de pistache”, diz Yedda Laiun, sócia-proprietária da sorveteria IceBode.

“E haja sorvete para suprir a necessidade do consumidor”, é o que afirma Ezequiel Genovi, diretor da Sorveteria Maioca. “Nesse período, a demanda só aumenta e a gente já se prepara para uma produção maior que o convencional, justamente para não deixar faltar o produto nos pontos de venda. Nossa equipe está focada 100% na produção para então conseguir ofertar os mais diversos sabores aos nossos clientes”, fala.