A assistente comercial, Ana Carla Branco, 34 anos, surpreendeu o pai ao aparecer vestida de noiva no Hospital Regional Dr. Abelardo Santos (HRAS), no Distrito de Icoaraci, em Belém, nesta terça-feira, 2. Augusto Branco, 58 anos, paciente de longa permanência, está em tratamento há mais de 30 dias na unidade, o que o impossibilitou de estar presente no casamento da filha, na última sexta-feira, 29.
Ao ver a filha, Augusto não conteve a emoção. “Ela está muito linda. Eu desejava fazer parte deste momento na vida dela, mas o casamento já estava marcado e não pude comparecer. Fiquei muito triste, mas admito que, ao vê-la surgir na minha frente, transbordei de alegria e fiquei muito feliz”, afirma.
Ana Carla contou que, antes do término da cerimônia, planejou ir ao HRAS vestida de noiva, para que o pai pudesse compartilhar esse momento especial, mesmo não estando presente fisicamente na celebração. “Antes de mais nada, é preciso enfatizar que isso só foi possível graças ao apoio de toda a equipe do Abelardo Santos, que, ao saber do meu desejo, me ajudou muito”, ressalta.
A caminhada da recém-casada até o leito de Augusto foi acompanhada pelos olhares atentos da equipe multidisciplinar e dos pacientes. “Somos uma família muito unida e tudo que eu queria era que ele tivesse entrado comigo no casamento, mas devido ao tratamento e prezando pela saúde e segurança dele, não foi possível. Então, fiz de tudo para estar aqui e tirarmos algumas fotos, juntos”.
“Foi um momento rápido, simples e simbólico. Tenho certeza de que ele ficou feliz. Foi muito especial para mim e para ele. É difícil expressar com palavras, mas só agradeço a Deus pela vida dele, por permitir este instante na presença dele, pois se tornou um dos momentos mais importantes da minha vida. Precisava ver meu pai e fazer com que ele sentisse a emoção de ver a filha casada”, acrescenta Ana Carla.
Conforme a supervisora de humanização do HRAS, Suzane Gonzaga, assim que ficou sabendo do caso, entrou em contato com os setores responsáveis de serviço social, humanização e comunicação da unidade de saúde, para coordenar e realizar esse pedido especial. Desde então, todas as equipes se mobilizaram e prestigiaram esse momento de emoção, tanto para a família quanto para os colaboradores.
Suzane afirma que esse tipo de ação faz parte de uma das missões do Hospital Abelardo Santos: oferecer um atendimento de qualidade e humanizado. “Essa abordagem humanizada demonstra a importância de cuidar não apenas da saúde física, mas também do bem-estar emocional e psicológico dos pacientes, proporcionando uma experiência de tratamento mais completa e satisfatória”, diz.
Foto: Diego Monteiro / DivulgaçãoA assistente social do setor de Terapia Renal Substitutiva (TRS) – hemodiálise -, Ana Carla Sacramento, também participou da mobilização. “Mesmo em meio às múltiplas demandas de trabalho, para nós, é sempre uma oportunidade poder estar ao lado de cada paciente e acompanhante, atendendo suas principais demandas para que o tratamento possa ser leve e rápido”, diz.
“No Abelardo Santos, há um esforço constante para oferecer cuidados que vão além do físico, tocando também o emocional e o psicológico de todos os nossos pacientes. Portanto, este momento só foi possível graças à dedicação e ao comprometimento de uma equipe qualificada, que se mobilizou para tornar este desejo uma realidade”, pontua a diretora-geral do hospital, Aline Oliveira.
“Essa história nos lembra do poder de um atendimento humanizado, que deve ser o foco de qualquer unidade de saúde. Acreditamos que cuidar da saúde é, também, proporcionar alegria e conforto em momentos difíceis. Estamos honrados em fazer parte da história de Ana Carla Branco e Augusto Branco, e em continuar a missão de humanizar cada vez mais o atendimento”, conclui Aline.