Pará

Manifesto defende exploração de petróleo da Margem Equatorial

Manifesto defende exploração de petróleo da Margem Equatorial Manifesto defende exploração de petróleo da Margem Equatorial Manifesto defende exploração de petróleo da Margem Equatorial Manifesto defende exploração de petróleo da Margem Equatorial
A ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) concedeu na manhã desta terça-feira (17) 19 novas áreas para exploração de petróleo
A ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) concedeu na manhã desta terça-feira (17) 19 novas áreas para exploração de petróleo Foto: Petrobras/divulgação

Luiz Flávio

A “Associação Nordeste Forte” e a “Ação Pro-Amazônia” lançaram ontem o manifesto “Mar de Oportunidades”, em “Defesa da Exploração de Petróleo na Margem Equatorial” defendendo a exploração “planejada, consciente e responsável” da riqueza que “apresenta ao Brasil oportunidades singulares de desenvolvimento econômico, social e ambiental” e que, segundo as entidades, representa uma reserva estimada em até 25 bilhões de barris de petróleo na Margem Equatorial, região que vai do Amapá ao Rio Grande do Norte

O documento afirma que o petróleo é uma das três principais fontes de energia no mundo, e a descoberta “desponta como uma oportunidade de consolidar a posição econômica do Brasil no cenário internacional, além de explorar um recurso que pode melhorar significativamente a qualidade de vida da população brasileira, especialmente a das regiões Norte e Nordeste, que são historicamente negligenciadas pelas autoridades”.

Ao se apresentarem como líderes industriais comprometidos com o progresso econômico e social de nossos estados, as duas entidades defendem a realização de estudos aprofundados e transparentes “para verificar a presença, volume real e potencial comercial desses recursos”. Infelizmente, prossegue o manifesto, “alguns setores da sociedade ainda demonstram resistência à simples ideia de estudar o assunto. Nós, enquanto sociedade, temos o direito de saber a riqueza que o nosso país possui”.

Em um momento em que o Brasil enfrenta desafios econômicos e sociais gigantescos, o documento afirma que o país não pode se dar ao luxo de ignorar essa possibilidade. “Países vizinhos como Guiana, Guiana Francesa e Suriname iniciaram estudos semelhantes na década passada e hoje colhem os frutos desse investimento, com a Guiana destacando-se como o país que mais cresceu no mundo em 2023, com um aumento de 38% em sua economia, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI). Essa pode ser a realidade brasileira em um futuro não muito distante, caso a gente se utilizar as potencialidades de nosso país”, apontam.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) estima que, se o Brasil começar a exploração de um bloco por Estado na Margem Equatorial, com capacidade para produzir 100 mil barris por dia, poderá gerar um acréscimo de R$ 65 bilhões no PIB, R$ 3,87 bilhões em tributos indiretos, R$ 4,32 bilhões em royalties e mais de 326 mil empregos formais. Ao todo, a Margem Equatorial possui 42 blocos. “Por outro lado, o Ministério de Minas e Energia estima que o Brasil deixará de arrecadar R$3,7 trilhões até 2055 se não explorar novos campos de petróleo. Nós vamos permitir isso?”, questionam as entidades.