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Lewandowski afirma que fuga em Mossoró foi um incidente isolado

Foto: Vinicius Loures / Câmara dos Deputados
Foto: Vinicius Loures / Câmara dos Deputados

Em uma audiência de quatro horas na Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, adotou um tom conciliatório ao esclarecer várias polêmicas levantadas por parlamentares de oposição. A maioria dos questionamentos estava relacionada à fuga de dois membros do Comando Vermelho do presídio de segurança máxima de Mossoró, no Rio Grande do Norte, em 14 de fevereiro.

Os fugitivos foram recapturados após 45 dias em uma operação que custou cerca de R$ 6 milhões. O ministro reconheceu que o presídio de Mossoró tinha um projeto ultrapassado, padrões de segurança pouco rigorosos e fadiga de material. Ele também apontou relaxamento e quebra dos protocolos de segurança, além de falhas nas revistas diárias.

Lewandowski assegurou que a fuga deixou lições e que não se repetirá. Ele afirmou: “Fui surpreendido com essa fuga, que foi absolutamente excepcional e inusitada. Garanto: foi a única e será a última.” O ministro explicou que quatro funcionários foram afastados e dez processos administrativos disciplinares foram abertos. Ele também mencionou o aumento no número de policiais penais para 276 servidores.

Investigações policiais estão examinando o apoio externo que os fugitivos receberam durante o que Lewandowski chamou de “comboio do crime”. Ele anunciou o reforço de câmeras de monitoramento, muralhas e cursos de capacitação em todos os presídios de segurança máxima do país. Além disso, o retorno dos fugitivos para o mesmo presídio em Mossoró demonstra confiança na atual estrutura da penitenciária.

(Com informações da Agência Câmera de Notícias)