Pará

Caso Novelino: irmãos foram mortos e jogados no fundo da Baía do Guajará

Na tarde do dia 25 de abril de 2007 os dois irmãos empresários foram atraídos para o escritório da empresa Service Brasil, no bairro de Batista Campos, em Belém, onde iriam receber uma dívida contraída pelo também empresário João Batista Ferreira Bastos.
Na tarde do dia 25 de abril de 2007 os dois irmãos empresários foram atraídos para o escritório da empresa Service Brasil, no bairro de Batista Campos, em Belém, onde iriam receber uma dívida contraída pelo também empresário João Batista Ferreira Bastos.

 

JR Avelar

Na tarde do dia 25 de abril de 2007 os dois irmãos empresários foram atraídos para o escritório da empresa Service Brasil, no bairro de Batista Campos, em Belém, onde iriam receber uma dívida contraída pelo também empresário João Batista Ferreira Bastos.

Os irmãos acabaram caindo em uma armadilha, que custaria a vida dos dois. Como eles naquela noite não voltaram para casa, o pai deles, Ubiratan Lessa Novelino, acionou a polícia e foi até a sede da Divisão de Investigações e Operações Especiais (Dioe).

No prédio, o pai das vítimas encontrou com o então empresário Chico Ferreira, que, ao ser questionado pela imprensa, dizia estar na Dioe com a missão de colaborar com as investigações e saber o real paradeiro dos irmãos.

Foi instaurado um inquérito policial, conduzido pela Divisão de Repressão ao Crime Organizado e o crime começou a ser elucidado na tarde do dia seguinte, quando um investigador da delegacia de Benfica recebeu várias ligações, informando que um carro estava sendo desmontado em um sítio pertencente ao radialista Luiz Araújo.

Ao chegar ao local, o policial constatou que era um carro Corolla preto com características, que depois vieram a ser confirmadas, do carro em que os irmãos Novelino saíram na noite anterior para se encontrar com Chico Ferreira em Batista Campos.

Começava ali a resolução do crime depois que Luis Araújo apontado como intermediário da trama criminosa apontou Chico Ferreira que foi preso na qualidade de mandante e o ex-policial civil Sebastião Cardias Alves e o ex-fuzileiro naval José Augusto Marroquim de Sousa como executores dos irmãos.

CORPOS SUBMERSOS

Os corpos foram encontrados a 17 metros de profundidade na baía do Guajará e resgatados pelo Corpo de Bombeiros depois que foram mortos, amarrados, colocados em camburões e arremessados nas profundezas da baía.

Os corpos foram encontrados a 17 metros de profundidade na baía do Guajará e resgatados pelo Corpo de Bombeiros depois que foram mortos. Foto: Rogério Uchoa/Diário do Pará/arquivo

Seis meses depois eles foram julgados e condenados a 80 anos de reclusão. Luiz Araújo foi transferido para uma penitenciária de segurança máxima em Mato Grosso, onde acabou morrendo.

Sebastião Cardias Alves foi recolhido no Centro de Detenção Anastácio das Neves, também em Americano onde morreu há dois anos, José Augusto Marroquim cumpre pena no mesmo complexo prisional de Americano e Chico Ferreira cumpria pena até ontem na Penitenciária de Marituba até conseguir uma prisão domiciliar para tratamento de saúde.