Grande Belém

Prefeitura de Belém propõe reajuste de R$ 37: 'Falta de respeito', afirmam manifestantes

 O protesto ocorre próximo à sede da Secretaria Municipal de Administração (Semad). Foto: Celso Rodrigues /Diário do Pará
O protesto ocorre próximo à sede da Secretaria Municipal de Administração (Semad). Foto: Celso Rodrigues /Diário do Pará

Trayce Mello

Na manhã desta terça-feira (26), servidores municipais da Prefeitura de Belém iniciaram uma greve em frente à Secretaria Municipal de Administração (Semad), situada na avenida Almirante Barroso, no Marco. 

A concentração iniciou por volta das 8h, obstruindo parte da Avenida Almirante Barroso, no sentido Entroncamento, causando bastante congestionamento no trânsito. Com bandeiras, faixas e cartazes, os manifestantes protestavam por melhorias.

Entre as reivindicações, os servidores de diversos setores exigiam reajuste do auxílio alimentação, aumento do salário e melhores condições de trabalho. Durante os discursos, um dos representantes afirmou que os manifestantes só deixariam o local após receberem resposta positiva da prefeitura. O ato teve o apoio do Fórum de Entidades de Belém. 

O servidor Gerson Martins, de 36 anos, reivindicava por melhores condições de trabalho no espaço e afirmava que estavam em estado de greve até que a situação fosse solucionada.

“Na verdade, a gente está procurando um realinhamento ao salário mínimo, porque o nosso vencimento base, ele está a R$1.007,00. Uma diferença para o salário mínimo de R$400,00, aproximadamente. E também o reajuste do nosso vale-alimentação e melhores condições de trabalho”, disse Gerson Martins. 

“Estamos aqui com a intenção de conseguir uma reunião com a Prefeitura para ver se ela melhora essa proposta dela de 3,71%, que equivale a 37 reais. Estamos cansados dessa falta de respeito com os servidores municipais”, aponta. 

Já a servidora Márcia da Costa, de 53 anos, diz que os problemas do serviço público em Belém põem à prova a saúde física e, principalmente, mental dos trabalhadores.

“Nos estamos sem ter como dar as mínimas condições de darmos assistência aos alunos. Muitas dessas escolas estão em péssimos estados, com número excessivo de alunos com dificuldade de aprendizagem, os alunos PCD ́ s não têm apoio e não encaminham para as escolas com suporte especializado. Em consequência, essas adversidades desencadeiam nos servidores doenças como depressão e ansiedade, afastando-os da profissão. Além disso, ficamos desfalcados, sem reposição desses profissionais. Portanto, o que a gente pede aqui são as mínimas condições de trabalho e respeito a todos esses profissionais”, diz. 

 

Protesto ocorre na Almirante. Foto: Celso Rodrigues

O movimento é encabeçado pelo Fórum de Entidades de Belém. O protesto ocorre próximo à sede da Secretaria Municipal de Administração (Semad).

Foto: Celso Rodrigues

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