Grande Belém

Mulher de 21 anos morre com dengue em Belém

Mulher de 21 anos morre com dengue em Belém Mulher de 21 anos morre com dengue em Belém Mulher de 21 anos morre com dengue em Belém Mulher de 21 anos morre com dengue em Belém
O país também registra 2.899 mortes, segundo os dados do Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde. Há outras 2.687 mortes em investigação.. FOTO: Ney Marcondes-Arquivo
O país também registra 2.899 mortes, segundo os dados do Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde. Há outras 2.687 mortes em investigação.. FOTO: Ney Marcondes-Arquivo

Equipes da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) realizaram o bloqueio da área onde faleceu uma vítima de dengue grave em Belém. Trata-se de uma mulher de 21 anos de idade, residente no bairro Reduto. A mulher começou a manifestar sintomas da doença em 26 de fevereiro e faleceu no dia 6 de março, em um hospital particular.

O DIÁRIO apurou que a paciente deu entrada por seis vezes para atendimento no hospital, foi medicada e recebeu alta em todas as ocasiões. Na última vez em que deu entrada já estava em estágio avançado da doença. Após dar entrada, ficou três dias internada, mas não resistiu.

O caso estava sob investigação epidemiológica, realizada pelo Laboratório Central do Estado do Pará (Lacen/PA) e teve a confirmação no fim de semana. Não há outra morte causada pela dengue sendo investigada em Belém.

A Sesma reforça que, quando há uma morte suspeita em decorrência da dengue, são analisados exames laboratoriais, relatórios clínicos, aspectos epidemiológicos e o atestado de óbito da vítima. O procedimento segue orientações do Ministério da Saúde. Caso julguem necessário, as equipes da Secretaria, adicionalmente, realizam entrevistas com familiares e outras pessoas do círculo social dos pacientes para levantar mais informações. As equipes da secretaria seguem monitorando o aparecimento de outros possíveis casos suspeitos da doença na área.

Até o momento, Belém notificou 1.174 casos de dengue, sendo 503 confirmados, 297 descartados e 363 seguem em análise. Os bairros com maior registro de casos são Guamá (74), Cremação (40) e Pedreira (32).

No estado, até às 18h desta segunda-feira, 18, estão sendo investigados 8.065 casos suspeitos e 2.785 casos já foram confirmados em 2024.

Disque endemias

Para garantir que a população possa fazer denúncias de casos suspeitos dessas doenças e de locais que possam ser criadouros para o mosquito Aedes aegypti (casas e terrenos abandonados), assim como solicitar a visita de um ACE, a Prefeitura de Belém, por meio da Sesma, disponibiliza o Disque Endemias (3251-4218).

SINAIS E SINTOMAS

A dengue é uma doença febril aguda, sistêmica, dinâmica, debilitante e autolimitada. A maioria dos doentes se recupera, porém, parte deles podem progredir para formas graves, inclusive virem a óbito. A quase totalidade dos óbitos por dengue é evitável e depende, na maioria das vezes, da qualidade da assistência prestada e organização da rede de serviços de saúde.

Todo indivíduo que apresentar febre (39°C a 40°C) de início repentino e apresentar pelo menos duas das seguintes manifestações – dor de cabeça, prostração, dores musculares e/ou articulares e dor atrás dos olhos – deve procurar imediatamente um serviço de saúde, a fim de obter tratamento oportuno. No entanto, após o período febril deve-se ficar atento. Com o declínio da febre (entre 3° e o 7° dia do início da doença), sinais de alarme podem estar presentes e marcar o início da piora no indivíduo. Esses sinais indicam o extravasamento de plasma dos vasos sanguíneos e/ou hemorragias, sendo assim caracterizados:

  • dor abdominal (dor na barriga) intensa e contínua;
  • vômitos persistentes;
  • acúmulo de líquidos em cavidades corporais (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico);
  • hipotensão postural e/ou lipotímia;
  • letargia e/ou irritabilidade;
  • aumento do tamanho do fígado (hepatomegalia) > 2cm;
  • sangramento de mucosa; e
  • aumento progressivo do hematócrito.

TRATAMENTO

O tratamento é baseado principalmente na reposição de líquidos adequada. Por isso, conforme orientação médica, em casa deve-se realizar:

  • Repouso;
  • Ingestão de líquidos;
  • Não se automedicar e procurar imediatamente o serviço de urgência em caso de sangramentos ou surgimento de pelo menos um sinal de alarme;
  • Retorno para reavaliação clínica conforme orientação médica.