Hospital Adventista de Belém capacita crianças como socorristas mirins

A primeira turma contou com 34 crianças entre 8 e 13 anos, filhos de colaboradores de todas as áreas do hospital, que foram certificados. Foto: Antonio Melo

Alexandre Nascimento

Parece brincadeira de criança, mas o projeto é sério capaz de salvar vidas. É nesse contexto que se concentra o projeto “Anjos Socorristas”, do Hospital Adventista de Belém, que tem o objetivo de capacitar crianças para prestar os primeiros socorros em situações de emergência. A primeira turma contou com 34 crianças entre 8 e 13 anos, filhos de colaboradores de todas as áreas do hospital, que foram certificados, na noite de ontem (5), durante solenidade de formatura.

As aulas teóricas para os socorristas mirins envolveram aulas práticas, como ressuscitação cardiopulmonar (RCP), controle de hemorragias, imobilização de membros, identificação de sinais vitais, queimaduras, entre outras coisas. “Este curso destaca a importância das crianças para a sociedade. Elas vivem uma fase que estão receptivas a estímulos, por isso, ensinar técnicas de primeiros socorros as capacita para agir em situações de engasgo, convulsão e parada cardiorrespiratória, que poderão aplicar em casa, na escola até a chegada de equipe médica”, disse o médico José Guataçara, ministrante.

Além disso, o projeto “Anjos Socorristas” também tem o objetivo vocacional, uma vez que pode estimular nas crianças o desejo de formação em carreiras da área de saúde. “Quem sabe daí não surjam futuros médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e outras profissões que atendam e façam o bem às pessoas. Então, o projeto também tem o papel social de transformar crianças em pessoas prestativas e que querem salvar vidas”, completou a médica Marcela Klay, que integra a organização do projeto.

Participante do projeto, o pequeno Luiz Eduardo Sobrinho, 10 anos, e a mãe Renata Sobrinho mostraram satisfação pela certificação como socorrista mirim. “Esse curso gera nele virtudes, como coragem, confiança e controle, pois aprendeu procedimentos que salvam vidas, que pode ser dos dois irmãos mais novos que ele tem, ou mesmo de um coleguinha na escola. É como diz o projeto, se ele colocar em prática tudo o que aprendeu numa situação real, realmente estará sendo um anjo do bem”, disse Renata Sobrinho.

“Eu já queria ser médico, agora depois que aprendi todas essas coisas básicas me despertou ainda mais a vontade de querer ser um médico. Mas, sei que mesmo criança estou com conhecimento básico para salvar uma vida, mas no futuro quero saber coisas mais complexas da medicina para continuar salvando vidas”, completou Luiz Eduardo.

Diante disso, a direção do Hospital Adventista promete uma nova capacitação de mais crianças por meio do projeto “Anjos Socorristas” ainda este ano. “Estamos pretendendo formar a segunda turma no segundo semestre e, assim, fazendo nos próximos anos também. Pois as crianças têm a capacidade de aprender e de fazer o bem, em salvar vidas”, concluiu Jackson Freire, diretor administrativo do hospital.

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