Pará

Deputados do Pará debatem a alta do preço do açaí

Estado segue capitaneando a produção do fruto mundialmente. Foto: Irene Almeida/Diário do Pará
Estado segue capitaneando a produção do fruto mundialmente. Foto: Irene Almeida/Diário do Pará

Os deputados usaram a tribuna na primeira Sessão Ordinária de 2024 desta terça-feira (20) para lembrar do preço exorbitante do açaí na capital paraense, que chega a ser cobrado em algumas localidades por até 40 reais o litro, e da necessidade de se buscar alternativas e políticas públicas para amenizar a crise que atinge tanto o vendedor quanto o consumidor final.

O deputado Gustavo Sefer (PSD) pediu atenção da Casa e do Governo do Estado para a crise do açaí. A deputada Maria do Carmo (PT) lembrou que tem um Projeto de Lei em andamento que trata do Fundo do Açaí, que vai abraçar essas dificuldades no chamado inverno amazônico.

Ano passado, o deputado Chicão, presidente da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), e o deputado Carlos Bordalo, presidente da Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor (CDHDC) da Casa de Leis, receberam uma comissão de batedores de açaí.

A região norte responde por 92,1% da produção total do fruto de açaí no país. Os frutos que são colhidos para abastecer Belém não são mais originais do Pará e Marajó, mas de Macapá, o que justifica o aumento do preço da saca, que chegou a ser vendida no Ver-o-Peso por até R$ 1 mil reais. Em áreas de periferia, o litro do chamado açaí popular está na faixa de 25 a 30 reais.

Os deputados estudam alternativas para garantir o alimento tradicional do paraense pelo preço justo e contam para isso com a ajuda do Governo do Estado, que já se manifestou publicamente sobre a crise e prometeu intervir.

O Estado do Pará é o maior produtor nacional de açaí, com um volume anual de 1.389.000 toneladas de frutos e área plantada (Açaí de Terra Firme + Açaí manejado em várzeas) superior a 212 mil hectares (IBGE- PAM, 2020).