Diego Monteiro
“É lamentável ver a quantidade de lixo espalhado na Marquês de Herval”, declara Alex Cardoso, 53. Além deste ponto, o pedreiro cita a avenida Visconde de Inhaúma, também no bairro da Pedreira, que enfrenta o mesmo problema. “O odor se torna tão intenso que a caminhada fica desafiadora. Além disso, no meio dessa imundície, encontramos vidros e pregos, representando riscos para todos”, revela.
A quantidade de resíduos nas vias públicas tem gerado desconforto entre os moradores daquela região. Ontem, 6, a equipe do DIÁRIO percorreu os dois pontos citados e encontrou, pelo caminho, resíduos como caixas, sacolas plásticas, copos descartáveis, marmitas vazias e, principalmente, materiais orgânicos, que consistem principalmente em restos de alimentos acumulados.
OBSTÁCULOS
Alex conta que utiliza diariamente o meio-fio da Marquês para caminhar e enfrenta obstáculos durante o exercício. “Todas as vezes eu preciso desviar o meu caminho, já que esses montes de sujeira estão presentes em vários pontos. Além disso, se não estivermos devidamente calçados, o risco de cortes por vidros ou perfurações por pregos é fácil, sem mencionar a ameaça de contaminação”, acrescenta.
Prosseguindo na mesma via, mas desta vez próximo à travessa Perebebuí, sacolas de diversas cores, repletas de lixo domiciliar, ocupam áreas destinadas ao estacionamento de veículos, sendo que algumas acabam parando nas bases das árvores. O odor no local é outra característica, devido aos restos de comida e fezes, tornando o ambiente extremamente insalubre e perigoso.
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Gabriel Soares, de 18 anos, destaca os males que o lixo acumulado pode trazer. “As pessoas não levam a sério, por exemplo, o aumento dos casos de dengue no país e até mesmo aqui em Belém. É necessária uma ação mais eficaz do poder público, aliada a iniciativas que conscientizem a população sobre o descarte adequado desses materiais”, completa o estudante.
Os moradores da avenida Visconde de Inhaúma enfrentam a mesma situação: a rua está repleta de lixo. “Não podemos tirar o mérito de culpa das próprias pessoas que moram aqui. Mas sempre digo que, se houvesse uma coleta de lixo regular, não chegaria a esse ponto. O caminhão passa por aqui praticamente uma vez por semana”, lamenta o feirante Rogério Moraes, 44.
O QUE DIZ A SESAN
A Sesan informou, por meio de nota enviada à redação, que enviará uma equipe até os pontos citados pela reportagem, para verificar e remover o lixo do local. O órgão destaca ainda a importância da população na manutenção da limpeza da cidade, orientando, através de educadores ambientais, sobre a correta disposição de resíduos nos dias e horários de coleta.
Segundo a pasta, há ainda o serviço gratuito chamado “Zap-Entulho”, caso a população precise remover esse tipo de resíduo mediante solicitação via WhatsApp pelo número: (91) 98499-0059. Além disso, a Sesan encoraja os moradores que, ao flagrarem alguma situação de descartes irregulares de lixo, que a Guarda Municipal seja informada rapidamente no número 153.
