Grande Belém

Bloco 'Pato de Máscara' faz a alegria de centenas em Belém; vídeo

O bloco ‘Pato de Máscara’ estreou no pré-carnaval paraense de 2023. Créditos: Cintia Magno
O bloco ‘Pato de Máscara’ estreou no pré-carnaval paraense de 2023. Créditos: Cintia Magno

Cintia Magno

A irreverência do Bloco Pato de Máscara, que chegou à sua segunda edição no pré-carnaval deste ano, arrastou foliões pelas ruas do centro de Belém na manhã de domingo (04). Acompanhados pelo mascote do bloco, um Pato de Máscara estilizado de quase três metros de altura, os brincantes saíram da Praça Waldemar Henrique e seguiram até a Praça Dom Pedro II.

Idealizadora e organizadora do bloco, Vanilza Malcher destacou que, além de celebrar a grande festa popular que é o carnaval, a ideia do Pato de Máscara é também ser um bloco da inclusão e da solidariedade. “É com muita alegria que chegamos à nossa segunda edição, mais um ano de Pato de Máscara, o bloco de todos, o bloco da inclusão, da solidariedade. É um pré-carnaval com o objetivo de também contribuir para a construção de uma sala de aula na Aldeia Ytawá, do Povo Tembé”, disse, ao explicar que a renda obtida com a venda dos abadás será revertida em benefício da comunidade indígena localizada no município de Santa Luzia do Pará.

A irreverência do Bloco Pato de Máscara, que chegou à sua segunda edição no pré-carnaval deste ano, arrastou foliões pelas ruas do centro de Belém na manhã de domingo (04

“Os nossos amigos adquiriram abadá, estão comparecendo e é isso que a gente queria, um bloco que, pelo horário, permite a participação de crianças, idosos, pessoas com deficiência, pessoas sem deficiência, pets e todo mundo que gosta de um bom carnaval, de uma boa música”.

A característica de ser um bloco inclusivo é decisiva para que a professora Jesus Moraes, 46 anos, compareça ao Pato de Máscara desde a sua primeira edição. Ela, que atua na educação inclusiva, destaca a importância da diversidade e inclusão promovida pelo bloco. “Normalmente eu não sou muito de Carnaval, mas como é um bloco que trabalha a inclusão, eu faço questão de participar pela visibilidade que isso representa e por essa luta que também é nossa”, considera. “É um percurso gostoso, acessível, é muito bom”.

Ouvidora-geral da Defensoria Pública do Estado do Pará (DPE-PA), Norma Miranda, também destacou que, no Pato de Máscara, também faz parte da folia uma causa maior. “Eu gosto muito de carnaval e principalmente desse bloco que vai além do carnaval, mas que também promove uma ação de cidadania para dar visibilidade a quem normalmente é invisibilizado”, considera. “É um momento de promover a inclusão, de reunir os amigos, a família e aproveitar essa festa”.

Além do mascote do bloco, os brincantes foram acompanhados por um trio-elétrico que recebeu diferentes artistas, como Alba Maria, Adilson Alcântara e Pedrinho Callado. Ao longo do percurso, o bloco também foi embalado por marchinhas de carnaval, pela banda de fanfarra de São Caetano de Odivelas, pela Orquestra Pipirinha e pela Escola de Samba da Matinha, que neste ano tem como enredo o personagem Epaminondas Gustavo, criado pelo saudoso juiz Cláudio Rendeiro. O personagem, inclusive, é o grande homenageado do Bloco Pato de Máscara.

PATO DE MÁSCARA

O bloco ‘Pato de Máscara’ estreou no pré-carnaval paraense de 2023. O amor pelo carnaval e a inspiração no famoso Galo da Madrugada de Recife foram os grandes motivadores do surgimento do Pato de Máscara, idealizado pela juíza do trabalho Vanilza Malcher. Além do tributo à alegria proporcionada pelo carnaval, o bloco presta homenagem também ao saudoso juiz Cláudio Rendeiro, criador e intérprete do personagem Epaminondas Gustavo.