Pará

Operação flagra trabalho degradante de mergulhadores no Rio Xingu

Operação flagra trabalho degradante de mergulhadores no Rio Xingu Operação flagra trabalho degradante de mergulhadores no Rio Xingu Operação flagra trabalho degradante de mergulhadores no Rio Xingu Operação flagra trabalho degradante de mergulhadores no Rio Xingu
A ação flagrou embarcações em estado precário e condições degradantes no trabalho de mergulhadores.
A ação flagrou embarcações em estado precário e condições degradantes no trabalho de mergulhadores.

Uma operação do Ministério Público do Trabalho (MPT), Auditória Fiscal do Trabalho e Polícia Federal (PF), iniciada no dia 11 deste mês, fiscalizou 12 balsas dragas, usadas para a extração mineral de areia e seixo no Rio Xingu, na região do município de Altamira (PA). A ação flagrou embarcações em estado precário e condições degradantes no trabalho de mergulhadores.

De acordo com o Procurador do Trabalho Allan de Miranda Bruno, da Coordenadoria Regional de Trabalho Portuário e Aquaviário do MPT, as várias irregularidades foram “desde a ausência total de registro do contrato de trabalho até a ausência total de gestão de segurança e saúde, sem fornecimento de equipamento de proteção individual”, diz. As embarcações fiscalizadas não possuíam registro na Capitania dos Portos e se encontravam em estado precário, inclusive uma balsa com furo no casco e risco de naufrágio.

“Nenhum mergulhador encontrado nas 12 balsas inspecionadas possuía habilitação para realização de mergulho e não usavam equipamentos apropriados que garantissem sua segurança nessa atividade”, conta Allan Bruno. Ele ressalta que até mesmo o oxigênio utilizado pelos trabalhadores no mergulho tem procedência desconhecida. A atividade de mergulho, quando realizada de forma clandestina, pode ocasionar acidentes fatais e sequelas permanentes nos trabalhadores, inclusive envolvendo situações de paralisia e perda auditiva.

A Auditoria Fiscal do Trabalho notificou as empresas responsáveis e interditou todas as balsas fiscalizadas, em decorrência das condições precárias das embarcações. A PF deve instaurar inquéritos criminais para apurar tanto as condições degradantes a que foram submetidos os trabalhadores, quanto os crimes ambientais. O MPT aprofundará as investigações para proceder à responsabilização cível trabalhista dos infratores.