Um clássico da culinária amazônica ganhou uma versão inusitada e prática: o tacacá em pó. Desenvolvido pelo empreendedor e pesquisador acreano Daniel Filho, fundador da empresa Alimentos Instantâneos da Amazônia (AIA), o produto ganhou destaque nas redes sociais após ser experimentado e aprovado por ninguém menos que o influenciador paraense Caio Ariel, conhecido como o Tradutor Paraense.
Em um vídeo publicado nas redes, Caio Ariel mostra o momento da degustação, com comentários espontâneos e bem-humorados. Mesmo com um certo receio no início, ele se rendeu ao sabor:
“Ei, rapaz… é bacana, olha o cheiro! Experimentar esse camarão… meio duro, salgadão. Deixa eu ver se jambou aqui… Égua! Só pra falar, tacacá não se come de colher, viu? Claro que não é igual a um tacacá novinho, fresquinho, tucupi feito na hora. Mas pra quem tá na pedra, né, mano? Eu gostei, mano, aprovado.”
🍲 Tradição amazônica em versão instantânea
Daniel Filho é conhecido por transformar pratos típicos da Amazônia em versões instantâneas e duráveis, sem perder a essência dos sabores tradicionais.
Segundo ele, a ideia do tacacá em pó surgiu da necessidade de matar a saudade da culinária amazônica enquanto morava fora do país. “Viajei para o Japão, morei na Austrália, e a falta da comida amazônica era real. Quando comecei o doutorado, já fui com esse foco: desenvolver produtos que pudessem levar o sabor da Amazônia a qualquer lugar do mundo.”
🧪 Como funciona o tacacá em pó?
O tacacá em pó passa por um processo avançado de liofilização (ou criodessecação) — uma técnica de desidratação a frio, em que o alimento é congelado e depois tem a umidade retirada sob vácuo. Isso garante que o produto preserve sabor, aroma e nutrientes, podendo durar mais de 10 anos sem conservantes.
Apesar da praticidade, o produto mantém a composição original: tucupi, jambu e camarão seco, com insumos importados de países como Japão e China, que têm estrutura para viabilizar essa tecnologia.
🌎 Comida da Amazônia para o mundo
Com o tacacá em pó, Daniel Filho quer tornar os pratos amazônicos acessíveis a brasileiros que vivem fora do país — e também a quem quer experimentar os sabores da floresta, mas busca praticidade.
A repercussão nas redes sociais, especialmente no Pará, mostra que a ideia está dando certo: tradição e inovação podem sim andar juntas.