O pastor evangélico sul-africano Joshua Mhlakela voltou os olhos do mundo religioso para sua mensagem ao afirmar que a volta de Jesus Cristo acontecerá nos dias 23 ou 24 de setembro. A declaração, feita em entrevista a um canal digital, ganhou repercussão internacional e rapidamente se espalhou pelas redes sociais. Segundo o religioso, a previsão foi fruto de uma visão sobrenatural em que teria ouvido diretamente de Cristo a promessa de retorno. A fala, marcada pela ênfase no arrebatamento iminente, dividiu opiniões entre fiéis que viram na mensagem um chamado à preparação espiritual e aqueles que destacaram a tradição bíblica de que “ninguém sabe o dia nem a hora”.
Para fundamentar sua convicção, Mhlakela relacionou a data escolhida ao Rosh Hashaná, celebração que marca o início do calendário judaico e que, segundo algumas interpretações cristãs, teria ligação com eventos escatológicos descritos nas Escrituras. O anúncio mobilizou comentários de apoio, como o de uma mãe que relatou que a filha sonhou com o arrebatamento, vendo nisso uma confirmação espiritual. Outros, porém, preferiram adotar postura prudente, lembrando que previsões semelhantes surgiram ao longo da história sem jamais se confirmarem.
O episódio reacende discussões antigas sobre sinais do chamado “fim dos tempos”. Fenômenos astronômicos, como a recente “lua de sangue” observada no início de setembro, são frequentemente associados a passagens bíblicas que falam sobre dias de juízo e transformação. Ainda que as declarações do pastor tenham despertado curiosidade e expectativa, a maioria dos líderes cristãos reforça que o retorno de Cristo, para os que creem, permanece um mistério que não pode ser delimitado em calendário humano. Enquanto isso, o debate segue vivo, unindo convicções de fé, interpretações teológicas e a busca por significado diante de eventos cósmicos e espirituais.