Nesta segunda-feira (28), o céu noturno reserva um espetáculo especial: a conjunção entre a Lua e Marte, um fenômeno astronômico em que dois corpos celestes parecem se aproximar quando vistos da Terra.
A partir de Brasília, o alinhamento será visível a partir das 18h35, logo após o pôr do sol, no horizonte oeste. Os dois astros vão permanecer aparentes até por volta das 21h22, quando desaparecerão sob o horizonte.
O que é uma conjunção astronômica?
Conjunção é o nome dado ao momento em que dois astros compartilham praticamente a mesma ascensão reta — uma coordenada no céu que funciona como uma “longitude celeste”. Na prática, significa que eles estarão aparentemente próximos um do outro, formando um belo par no firmamento.
Desta vez, o evento envolverá Marte, o planeta vermelho, e a Lua, ainda nos últimos dias da fase nova, com aparência fina e delicada, quase entrando na fase crescente.
Como observar o fenômeno
A boa notícia é que você não precisa de telescópio. Como os astros estarão separados por uma distância angular relativamente grande, a observação a olho nu é a melhor opção.
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Para identificar Marte, procure a Lua fininha no céu e observe ao lado leste dela: o planeta vermelho aparecerá como um pontinho brilhante de tom alaranjado, de fácil reconhecimento.
Detalhes astronômicos da conjunção
- Lua: magnitude aparente de -10,6, localizada na constelação de Leão
- Marte: magnitude aparente de 1,6, visível na constelação de Virgem
Lembrando que, em astronomia, quanto menor o número da magnitude, mais brilhante o astro. Para comparação, o Sol tem magnitude de aproximadamente -27.
Curiosidades sobre Marte
O brilho avermelhado de Marte, visível mesmo a olho nu, sempre despertou fascínio. Na mitologia grega, era associado a Ares, o deus da guerra — uma inspiração para o próprio nome do planeta. Uma curiosidade: a estrela Antares, da constelação de Escorpião, significa literalmente “Anti-Ares”, por sua cor semelhante à de Marte e sua posição celeste “rival” em certos momentos do ano.
Diretor de Redação
Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.
