VEJA O VÍDEO

Lagosta voadora? Crustáceo acerta turista com soco digno de filme de ação

Um vídeo, divulgado pelos portais de notícias, mostra uma “lagosta-boxeadora” golpeando um turista no litoral de SP.

Crustáceo “boxeador” acerta turista e mostra força incomum no litoral paulista
Crustáceo “boxeador” acerta turista e mostra força incomum no litoral paulista Foto: Divulgação

Para aqueles que compartilham a piada popular “jacaré não voa” por ser um réptil desprovido de asas, uma lagosta, um crustáceo não alado, prova que até o impossível é possível nos dias atuais. Um vídeo, divulgado pelo portal de notícias G1, mostra uma “lagosta-boxeadora” golpeando um turista no litoral de SP. O ataque foi confirmado, segundo o portal, pelo biólogo marinho Eric Comin, que explicou que o animal é conhecido por possuir o golpe mais potente do mundo animal, capaz de atingir uma velocidade superior a 80 km/h, com força que pode quebrar a carapaça de um caranguejo ou até o vidro de um aquário.

Imagens obtidas pelo g1 mostram o momento em que o turista Rafael Marchezetti Correia, encontrou o animal e foi atacado por ele. “Senti a força dela [lagosta]. É um animal com a força bem maior do que parece, como se fosse um animal grande”, afirmou ele. O homem contou que optou por devolver o animal ao mar para protegê-lo de eventuais predadores na faixa de areia em Peruíbe, no litoral de São Paulo.

O biólogo Eric Comin explicou que o animal é o camarão-louva-a-deus-palhaço (Odontodactylus sp), também conhecido como lagosta-boxeadora. A espécie desfere golpes que atingem 80 km por hora – aceleração comparável à de uma arma calibre 22.

“Com uma pressão de 60 quilos por centímetro quadrado, ele é capaz de quebrar a carapaça de um caranguejo e até mesmo, em alguns casos, o vidro de um aquário”, afirmou o especialista.

Comin disse que a força do golpe se deve a uma estrutura de duas camadas: a superior, composta de bioceânica (carbonato de cálcio amorfo), e a inferior, de biopolímero (quitina e proteínas), que armazena e libera energia de maneira “extremamente eficiente”. O turista atacado não sofreu ferimentos graves.

Já a piada de que “jacaré não voa” não tem uma origem específica ou histórica conhecida. Ela é uma piada de lógica simples, baseada na constatação óbvia de que jacarés são animais terrestres e aquáticos, não tendo a capacidade de voar.