Mensagens de texto divulgadas nesta semana revelaram os últimos contatos entre Ryan Borgwardt e sua esposa, Emily, pouco antes dele forjar a própria morte durante uma viagem de caiaque em Green Lake, a cerca de 160 km de Milwaukee, nos EUA.
O que parecia ser um trágico acidente acabou se revelando uma farsa elaborada: Ryan simulou ter se afogado para abandonar a família e recomeçar a vida ao lado de uma amante que conheceu pela internet.
Casados há 22 anos, Ryan e Emily trocaram mensagens na noite anterior ao suposto acidente. Ela reclamava das ausências constantes do marido: “Tantas noites sem saber onde você está”, escreveu. Em resposta, ele prometeu melhorar a comunicação entre os dois e tentou suavizar o clima descrevendo a beleza da aurora boreal. “Eu te amo… boa noite… voltarei para a costa em breve”, disse ele na última mensagem.
Na manhã seguinte, ao notar que o marido não retornou, Emily enviou várias mensagens angustiadas, sem resposta. Horas depois, procurou a polícia para relatar o desaparecimento.
As buscas mobilizaram equipes de resgate e geraram custos superiores a US$ 50 mil. O achado de um colete salva-vidas e um caiaque virado levou os investigadores a crer inicialmente que Ryan havia morrido afogado.
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Entretanto, após quase dois meses de buscas infrutíferas, a polícia descobriu que Ryan estava se comunicando com uma mulher do Uzbequistão. As investigações revelaram que ele percorreu 112 km em uma bicicleta elétrica até Madison, pegou um ônibus para Detroit, cruzou a fronteira para o Canadá e embarcou em um voo de Toronto com destino à Europa. Depois de uma escala em Paris, chegou à Geórgia (país do Leste Europeu), onde se encontrou com a amante.
Ryan foi preso e alegou que forjou a própria morte porque se sentia um fracasso em todas as áreas da vida. Quatro meses após seu reaparecimento, Emily pediu o divórcio, afirmando que o casamento estava “irremediavelmente rompido”.
O caso teve desfecho judicial em agosto: Ryan foi condenado a 89 dias de prisão, exatamente o mesmo número de dias em que esteve “desaparecido”. Também foi obrigado a pagar US$ 30 mil em indenização por ter mobilizado recursos públicos nas buscas.
Com informações do Extra
