Foto: Instagram / oipexual.snow
Foto: Instagram / oipexual.snow

Para quem acha que já viu de tudo, preste atenção neste filhote da raça Maltês que, desde pequeno, parece ter entendido perfeitamente a Terceira Lei de Newton: toda ação gera uma reação.

No caso dele, a ação é fazer xixi no lugar certo. A reação? Cobrar o pagamento — em petiscos, de preferência. Camila Cleto, tutora do pequeno Snow, achou que havia conquistado o Monte Everest da paciência humana: ensinar um filhote de cão a usar o tapete higiênico. O reforço positivo — aquele método moderno que promete transformar bagunça em boa educação — parecia ter funcionado às mil maravilhas. Parecia.

Snow, no entanto, interpretou o conceito de “recompensa” não como um gesto simbólico, mas como um contrato comercial. E desde então, cumpre suas obrigações com a dignidade de um funcionário exemplar — e cobra com a insistência de um cobrador de sindicato em fim de mês.

O resultado? Um vídeo que virou febre no Instagram. Postado no perfil @oipexual.snow em 8 de setembro, o registro do “cão agiota” já soma 1,6 milhão de visualizações e 185 mil curtidas. A internet nunca resistiu a uma boa história de trabalho canino remunerado.

No vídeo, Snow aparece realizando seu serviço com profissionalismo: faz o xixi no tapete, observa o resultado e, imediatamente, dirige-se à tutora. Sobe no sofá, encara Camila e começa o protesto: latidos curtos, firmes e com excelente dicção para quem não cursou advocacia.

“SNOW cobrando seu petisco pior que um agiota”, diz a legenda, resumindo o drama de qualquer tutor que um dia incentivou demais o reforço positivo.

“Que que você fez?”, pergunta Camila, já rindo — mas com o nervosismo típico de quem deve e sabe.

“Você fez um xixizão!”, ela confirma, tentando ganhar tempo.

Snow, impassível, late de novo, exigindo cumprimento imediato do contrato. Ao ouvir “Pede!”, ele solta um latido digno de boletim de cobrança. Transação concluída.

Nos comentários — já mais de 800 —, a categoria dos tutores solidários se manifesta:

“Me pague o que me deve!”, escreveu um internauta.

“Ele mijando até sem vontade só pra ganhar petisco”, brincou outro.

E um terceiro, possivelmente dono de outro gênio empreendedor, confessou: “O doguinho do meu irmão parcela o xixi pra render mais.”

Entre risadas e empatia, o caso de Snow virou tese prática sobre comportamento animal. Ele não apenas aprendeu o comando — ele entendeu o sistema. E agora, como qualquer bom gestor de resultados, cobra metas, prazos e bonificações.

No fim das contas, Camila conseguiu o que queria: um cão educado. Mas ganhou de brinde um auditor fiscal de petiscos que não aceita desculpas nem atrasos. Tudo conforme a mais rigorosa aplicação da Terceira Lei de Newton — e da Primeira Lei de Snow: fez xixi, paga o biscoito.