Esponja de cozinha pode ser mais perigosa do que parece

Presente em praticamente todas as cozinhas, a esponja é vista como sinônimo de limpeza, mas, se usada por tempo demais, pode se transformar em um dos maiores vilões da higiene doméstica. A biomédica Sarah de Souza, professora da UNINASSAU Recife, faz um alerta que surpreende: “Pesquisas já mostraram que a esponja de cozinha pode ter mais bactérias do que o próprio vaso sanitário”. O motivo é simples: enquanto o banheiro é limpo frequentemente com produtos desinfetantes, a esponja acumula restos de comida, gordura e umidade, criando o ambiente ideal para o surgimento de colônias de microrganismos invisíveis.

Com o passar dos dias, os furinhos e desgastes do material se tornam moradia para milhões de bactérias. Após uma semana, segundo Sarah, o risco de contaminação aumenta consideravelmente. “Não é exagero trocar a esponja toda semana. O ideal é usar uma diferente para cada finalidade: uma para a louça, outra para o fogão e outra para a pia”, recomenda. A especialista explica que o tempo de troca pode variar conforme o uso, mas não deve ultrapassar dez dias. Esponjas com mau cheiro, escurecimento ou pedaços soltos já indicam que é hora de substituí-las.

Riscos e Consequências do Uso Prolongado da Esponja

Embora a higienização ajude a retardar o acúmulo de germes, ela não substitui a troca. Ferver a esponja, colocá-la úmida no micro-ondas por um minuto ou deixá-la em solução com água sanitária são medidas paliativas. A nutricionista consultada reforça: “Ao lavar pratos e talheres com uma esponja contaminada, as bactérias passam para os utensílios e, consequentemente, para os alimentos. Isso pode causar infecções gastrointestinais, como intoxicações por Salmonella.