Papa Leão XIV e Vinícius Lana. Fotos: Reprodução
Papa Leão XIV e Vinícius Lana. Fotos: Reprodução

As profecias sobre o fim dos tempos voltaram ao centro das conversas nas redes sociais após a circulação de um vídeo que mistura simbolismo religioso e geopolítica. A gravação, publicada pelo pesquisador de escatologia bíblica Vinícius Lana, interpreta como “sinal profético” o presente que o Papa Leão XIV teria recebido recentemente – um cavalo branco chamado “Próton” – durante tratativas de paz entre Israel e a Palestina. 

A simbologia despertou curiosidade, mas também dividiu opiniões entre fiéis e estudiosos. No vídeo, que rapidamente se espalhou entre perfis religiosos, Vinícius associa o episódio a um trecho do livro do Apocalipse 6, que descreve a abertura do primeiro selo e a aparição de um cavaleiro montado em um cavalo branco, “saindo vencendo e para vencer”. 

Segundo ele, o nome do animal carrega um significado espiritual: “Próton”, que vem do grego e significa “o princípio”, representaria o início de um novo ciclo de juízos divinos.

O teólogo sustenta ainda que a cena se conecta a passagens do livro de Daniel (9:27), que fala sobre um pacto firmado “com muitos”. Ele relaciona esse simbolismo ao Acordo de Abraão, firmado entre Israel e países árabes sob mediação de Donald Trump, e sugere que esses eventos compõem um cenário que se encaixa nas profecias bíblicas.

“Um cavalo chamado Princípio. Um pacto com muitos. O palco do Oriente Médio preparado. Tudo aponta para o mesmo fim: o início do fim”, declarou Vinícius Lana, encerrando o vídeo com a afirmação: “Jesus está às portas”.

A repercussão foi imediata. Enquanto alguns internautas consideraram a análise um “alerta espiritual” para os dias atuais, outros a classificaram como teoria conspiratória religiosa. O debate, porém, extrapolou o campo da fé e trouxe à tona a questão de como interpretar as passagens proféticas da Bíblia em tempos de tensão mundial.

Especialistas em teologia e ciência da religião alertam que interpretações como a de Vinícius, devem ser vistas com prudência. Para eles, o uso de símbolos bíblicos fora do contexto pode levar à construção de narrativas alarmistas. 

Editado por Clayton Matos