Wesley Costa
As festas de fim de ano estão mais próximas e planejar os gastos é essencial para garantir a diversão e os presentes, sem comprometer a estabilidade financeira. O período que inclui as férias escolares, confraternizações, Natal e ano novo, vem acompanhado de despesas extras. Para evitar que esse momento de celebrações se torne um pesadelo financeiro, é importante montar e seguir um plano adequado.
A primeira coisa a se fazer é definir um orçamento contendo todas as despesas previstas para este período, desde os presentes que serão dados até a alimentação. Estabelecer esse limite de gastos para cada categoria vai ajudar a visualizar o quanto de dinheiro será necessário para arcar com as despesas. É importante ainda buscar poupar para contribuir com parte desse orçamento que será gasto.
“Se você já sabe o que vai querer fazer nesse final de ano, ainda há tempo hábil para se planejar. Tudo deve começar pela lista do que pretende adquirir e o quanto esses desejos vão custar no total. Dessa forma, é possível criar ainda uma espécie de caixinha até chegar esse momento de compras. Esses valores podem ser colocados em uma poupança, por exemplo, para evitar gastá-los antes da hora”, disse a educadora financeira Aline Bastos.
Mais do que ter os valores para gastar na hora certa, a especialista lembra que o planejamento financeiro também contribuiu para o não endividamento das famílias. “Temos milhões de pessoas que estão em inadimplência ou endividadas. Vale lembrar que depois desse período temos o início de ano, onde há contas previstas como matrícula, material escolar, IPVA, IPTU e outras que são previsíveis”, alertou.
Mas afinal, como montar esse planejamento para que a vida financeira flua bem nesse fim de ano? A dica dada pela educadora é listar cada item que terá custos extras. “Se você vai fazer uma viagem, por exemplo, é preciso colocar na ponta do lápis o valor das passagens, hospedagem, alimentação nesse destino e os passeios que pretende. O mesmo vale para a ceia em família. O que vou levar? Posso contribuir com mais? Somente assim para saber se vai conseguir arcar com tudo”, diz Aline Bastos.
A especialista reforça ainda que o planejamento financeiro não pode comprometer toda a renda. “O cálculo para definir o quanto pode gastar é até simples. Você pega o quanto entra de renda e o que precisa sair para as despesas fixas. O que sobrar é o valor que pode ser destinado a essa programação extra”, explicou.
Por fim, para deixar o planejamento mais seguro e evitar futuros endividamentos, a educadora financeira aconselha a utilizar o mínimo possível o cartão de crédito. “Essa ferramenta tem que ser usada com muita cautela. O ideal é priorizar pagamentos à vista durante as compras. Se você recebe 13º salário, por exemplo, é recomendável não incluir ele totalmente nessas despesas, mas também deixar uma quantia para quitar dívidas anteriores e evitar o acúmulo de contas ou cair em armadilhas financeiras”, pontuou a especialista.