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Segura esse PF: arroz e feijão estão caros e pode piorar!

A Justiça Federal em Porto Alegre suspendeu o leilão para compra de até 300 mil toneladas de arroz importado, marcado para esta quinta-feira (6)
A Justiça Federal em Porto Alegre suspendeu o leilão para compra de até 300 mil toneladas de arroz importado, marcado para esta quinta-feira (6)

Pesquisas recentes conduzidas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA) revelam que o custo da cesta básica dos paraenses, especialmente na capital, sofreu um aumento significativo. No último mês, o valor médio da alimentação básica atingiu R$ 665,12, colocando em xeque a capacidade de compra dos cidadãos, que agora despendem mais da metade do Salário Mínimo vigente, estabelecido em R$ 1.412,00.

Os dados alarmantes apontam para um cenário de elevação generalizada nos preços dos alimentos básicos, com ênfase nos aumentos observados nos valores do feijão e arroz. Embora os ajustes de preços não tenham sido uniformes, ambos os produtos apresentaram aumentos expressivos, ultrapassando consideravelmente a taxa de inflação registrada para o período em análise.”

O Dieese/PA realiza pesquisas semanais dos preços do feijão (carioquinha, Jalo e o cavalo) e do arroz (tipo 1, tipo 2 e o parbolizado) em supermercados da capital paraense. Segundo os dados coletados nos últimos 12 meses, a trajetória dos preços médios de cada produto foi a seguinte: Em fevereiro de 2023, o quilo do feijão foi vendido em média por R$ 9,70; ao final do ano passado (dezembro de 2023), o preço médio diminuiu para R$ 6,68. No início de 2024 (janeiro), o preço médio subiu para R$ 7,87, e no mês passado (fevereiro de 2024), o valor médio foi de R$ 8,04. Isso significa que o feijão consumido pelos paraenses em Belém ficou 2,16% mais caro no último mês em comparação com janeiro de 2024. No balanço comparativo dos dois primeiros meses deste ano (janeiro-fevereiro de 2024), houve um aumento de 20,36% no preço do produto.

Nos últimos 12 meses, o preço médio do arroz apresentou a seguinte evolução: Em fevereiro de 2023, foi vendido a R$ 5,63/kg, subindo para R$ 7,36/kg em fevereiro de 2024. Em janeiro de 2024, o preço médio foi de R$ 7,11/kg. Isso representa um aumento de 3,52% em fevereiro de 2024 em comparação com janeiro de 2024 e uma alta de 19,29% nos dois primeiros meses de 2024.

O custo do feijão por quilo aumentou em todas as 17 capitais analisadas pelo Dieese/PA. Quanto ao arroz, seu preço aumentou em 14 das 17 capitais pesquisadas, com variações entre 1,02% (no Rio de Janeiro) e 9,44% (em Natal).

“Como pode ser observado, os aumentos registrados nos preços do feijão e do arroz tem pesado no bolso e também traz forte impactos sobre a principal composição alimentar das famílias paraenses. Na outra ponta, já para quem trabalha com o fornecimento de refeições, o tradicional “prato-feito – PF” fica mais caro, exigindo uma verdadeira ginástica para equilibrar seus preços”, informa o órgão.

Fonte: Dieese/PA