Comprar um imóvel requer um bom dinheiro, mas com algumas dicas interessantes é possível tornar o sonho realidade. Quem procura um apartamento, por exemplo, basta aplicar a união entre organização das finanças pessoais com uma pitadinha de conhecimento sobre o mercado imobiliário, entendendo quais são as melhores opções para você e conhecendo alguns macetes para se virar melhor ganhando pouco. Antes de tudo é preciso saber como funciona o processo de compra de um imóvel. Leia este artigo até o fim!
Como funciona o processo de compra de um imóvel
Antes de entrarmos nas dicas, é importante entender como funciona o processo de comprar um imóvel. É possível comprar algumas maneiras diferentes:
- Pagando valor integral de uma única vez;
- Financiando o bem através de uma instituição bancária; ou
- Comprando na planta, pagando parte para a construtora e acertando o restante através de um financiamento imobiliário.
Se você chegou até aqui, provavelmente a primeira opção está fora de cogitação. Vamos às outras duas modalidades então.
Financiamento de imóvel
O financiamento pode ser feito para adquirir imóveis prontos, novos ou usados, desde que possuam toda a documentação necessária. Nos bancos tradicionais, o financiamento imobiliário compreende, no máximo, 80% do valor total do bem, ou seja, na hora de comprar um imóvel financiado, é necessário ter o valor de entrada, que parte de 20% do preço do imóvel.
A instituição financeira vai avaliar seus ganhos mensais e estabelecer um limite máximo que pode ser financiado com sua renda. Para isso, considere que a parcela mensal, que vai ser paga em até 35 anos no máximo, vai comprometer até 30% da sua renda mensal.
Comprar imóvel na planta ou em construção
Os apartamentos na planta possuem um fluxo próprio de pagamento que difere na fase de construção e no pós-chaves. O pagamento pré-chaves ocorre durante o período de obra, que varia entre 3 e 7 anos, a depender da construção e do estágio de avanço da obra.
Durante a fase de construção, o imóvel não pode ser financiado pelo banco, já que, para isso, é necessário que o bem tenha o Habite-se, um documento que garante que o imóvel pode ser ocupado. Até a conclusão da fase de obra, o comprador deve realizar o pagamento pré-chaves que, normalmente, contempla 25% do valor total do bem no mínimo.
Na prática, esse valor serve como uma entrada para realização do processo de financiamento, já que o valor que não foi pago pelo comprador durante o período pré-chaves pode ser financiado integralmente.
Esse caso pode ser o mais vantajoso para quem está com a grana curta, porque, normalmente, o preço dos apartamentos na planta são menores, e o valor do pré-chaves funciona na prática como uma “entrada parcelada” do bem.
Confira as dicas e entenda melhor todo o processo!
Dica 1: Compre um imóvel na planta ao invés de um imóvel pronto
Com salário mensal entre um e quatro salários mínimos, vai ser difícil financiar toda a quantia que você deseja para comprar o seu imóvel, afinal, o montante financiado tem como base a renda do solicitante, e as parcelas de um financiamento não podem ultrapassar 30% do seu salário líquido.
Portanto, em vez de buscar uma propriedade pronta, nova ou usada, nesse caso, talvez seja melhor comprar um apartamento na planta, no qual o valor de entrada da unidade possa ser parcelado durante o período de construção diretamente com a construtora (o tal pagamento pré-chaves), sem intermédio de um banco financiador.
Além disso, como você está pagando por um imóvel que ainda está sendo construído e que apenas será usufruído dentro de um prazo de 3 a 7 anos, em média, o valor total da propriedade costuma ser mais em conta do que um imóvel pronto para morar.
Dica 2: Reúna o maior montante que você puder para dar de entrada
A segunda dica é válida para você que está com pressa para se mudar: junte o maior montante possível para dar de entrada. Inclusive, essa pode ser uma das únicas formas de ter um financiamento imobiliário aprovado mesmo tendo uma receita mensal pequena e se você não tem a opção de escolher o imóvel em construção.
Com uma entrada maior, a quantia financiada será menor, logo, as parcelas mensais também. Porém, vale lembrar que a quantia mínima para entrada de um financiamento corresponde a, pelo menos, 20% do valor total do imóvel, o que já é uma quantia relativamente alta para poupar.
Mesmo assim, vale a pena fazer uma reorganização financeira para gastar menos, aumentar sua renda e, consequentemente, guardar mais dinheiro para dar de entrada.
Dica 3: Considere participar de um programa de financiamento popular
O Programa Minha Casa Minha Vida é um projeto habitacional do governo federal que tem como objetivo facilitar o acesso à moradia digna no Brasil, visando ao financiamento de casas populares.
O Programa Casa Verde e Amarela, por sua vez, é destinado a famílias de renda de até R$ 8 mil, dividindo os beneficiários do programa em três grupos:
- famílias com renda bruta de até R$ 2.640;
- famílias com renda bruta de até R$ 4.400; e
- famílias de renda bruta de até R$ 8 mil.
Para cada faixa salarial, existe uma taxa de juros específica, o que torna o financiamento imobiliário mais justo, uma vez que quem ganha menos também paga uma taxa de juros menor.
Se você gostou da ideia, pode solicitar o financiamento diretamente na Caixa Econômica Federal ou nas construtoras e entidades organizadoras vinculadas ao banco, como a MRV e a Tenda, que oferecem apartamentos de interesse social em diversos locais do país.
Como juntar dinheiro para comprar um imóvel ganhando pouco?
A seguir, você confere quais são os principais passos para juntar dinheiro e conseguir comprar um apartamento.
1. Organize seu financeiro e não tenha pressa
Seja para reunir o montante de entrada ou para encaixar as prestações do seu parcelamento ou do seu financiamento imobiliário, vai ser preciso organizar o seu financeiro. Isso inclui eliminar dívidas anteriores, ter conhecimento de quanto você ganha e gasta por mês e manter um controle assíduo de suas finanças por alguns meses.
O primeiro passo é eliminar compromissos financeiros anteriores, extinguindo parcelas de outros financiamentos ou cartas de crédito e limpando o seu nome, caso seja necessário. Inclusive, não ter pendências no seu nome e no seu CPF são requisitos para qualquer negócio imobiliário, viu?
Em segundo lugar, para saber tudo o que entra e tudo o que sai do seu bolso mensalmente e, do mesmo modo, ter um controle financeiro de seus gastos, você pode utilizar uma planilha no computador, um aplicativo de finanças pessoais ou até mesmo o bom e velho papel e caneta.
2. Corte gastos supérfluos
Com o seu controle financeiro em mãos, vai ser necessário priorizar o seu objetivo financeiro (comprar um imóvel) e cortar gastos supérfluos (comer fora, trocar de celular, comprar aquela blusinha que você adorou na vitrine) pelo menos por um tempo.
Afinal de contas, se você ganha pouco, todos os gastos que não são essenciais devem ser eliminados ou, pelo menos, reduzidos. Assim, em um espaço de tempo menor, o seu objetivo financeiro pode ser alcançado e seus gastos flexibilizados.
3. Aumente sua renda
Por último, mas não menos importante: encontre um meio de aumentar a sua renda familiar, seja arranjando formas de fazer uma renda extra ou conseguindo um outro emprego, por exemplo. A ideia aqui é direcionar toda a quantia vinda de uma receita complementar para o seu objetivo financeiro.
Além disso, aumentar sua renda pode ser uma das únicas formas de conseguir um financiamento imobiliário em uma instituição bancária e pagar uma taxa de juros razoável pelo empréstimo. Por isso, não hesite em “colocar a mão na massa” e melhorar sua realidade financeira.
Fonte: My Side