INOVAÇÃO

Relação do brasileiro com os pagamentos está cada vez mais moderna

A chegada da COP30 traz um desafio e uma oportunidade para o setor de pagamentos, endossa o especialista. Confira a reportagem!

Relação do brasileiro com os pagamentos está cada vez mais moderna Relação do brasileiro com os pagamentos está cada vez mais moderna Relação do brasileiro com os pagamentos está cada vez mais moderna Relação do brasileiro com os pagamentos está cada vez mais moderna
Relação do brasileiro com os pagamentos está cada vez mais moderna

O ano de 2025, em específico, se desenha como um marco para a adoção de inovações na forma de fazer pagamentos. Um ponto de virada para os pagamentos devido à convergência de diversas inovações tecnológicas e regulatórias. Quem garante isso é Fernando Otani, diretor de soluções de pagamentos da Positivo Tecnologia

No Brasil, a consolidação do Drex (moeda digital do Banco Central), a ampliação das funcionalidades do Pix e a implementação de novos padrões de open finance permitirão transações mais rápidas, seguras e acessíveis, afirma o especialista.

“Além disso, a crescente adoção de pagamentos por biometria, dispositivos vestíveis e inteligência artificial deve transformar ainda mais a experiência dos consumidores e das empresas”, completamenta, explicando que, globalmente, visualiza um avanço na digitalização financeira e na interoperabilidade entre sistemas, facilitando pagamentos internacionais e reduzindo custos operacionais.

Vale destacar que isso tudo deve acontecer em um cenário em que ainda há quem seja avesso ao Pix, por achar um método inseguro.  Otani lembra que a resistência à modalidade geralmente está associada a questões de segurança digital e desinformação.

“Para alcançar esse público, as inovações precisam ser acompanhadas de educação financeira acessível, reforço das camadas de proteção contra fraudes e novas funcionalidades que ampliem a confiança do usuário”, sugere o diretor.

Medidas como limites dinâmicos de transação, autenticação por biometria e notificações em tempo real já foram implementadas e continuarão evoluindo. Além disso, a integração de pagamentos digitais em serviços essenciais, como transporte público e benefícios sociais, pode incentivar a adesão gradual, mostrando na prática a segurança e a conveniência dessas soluções.

Pagamentos e sustentabilidade, tudo a ver

Fernando defende que a digitalização dos pagamentos reduz o uso de papel-moeda, diminuindo a necessidade de impressão, transporte e descarte de cédulas, o que impacta diretamente a pegada ambiental do sistema financeiro. Além disso, soluções como Drex e carteiras digitais incentivam transações mais eficientes e com menor consumo de recursos físicos.

“Outro ponto relevante é o impacto no consumo consciente: fintechs e bancos estão incorporando funcionalidades que permitem aos usuários acompanhar e compensar sua pegada de carbono com base em seus hábitos de consumo”, enaltece.

COP30 e a chegada de visitantes de vida financeira analógica

A chegada da COP30 traz um desafio e uma oportunidade para o setor de pagamentos, endossa o especialista. Empresas precisarão oferecer opções acessíveis e intuitivas para estrangeiros, incluindo terminais que aceitam cartões internacionais, QR Codes compatíveis com diferentes sistemas de pagamento e opções de câmbio integrado em aplicativos financeiros.

“Além disso, campanhas de conscientização sobre os métodos digitais brasileiros – como Pix e carteiras digitais – podem facilitar essa transição. O ideal é que estabelecimentos estejam preparados para aceitar múltiplas formas de pagamento e fornecer suporte multilíngue para turistas”, aponta.

Apesar dos avanços, a experiência do usuário nos pagamentos digitais ainda pode ser aprimorada em alguns aspectos, garante Otani.

Atualmente, as principais reclamações incluem fraudes, instabilidade dos sistemas, limitações em transações internacionais e dificuldades para resolver problemas com instituições financeiras. Melhorias podem vir com inteligência artificial para atendimento mais eficiente, maior padronização na usabilidade entre diferentes aplicativos e mais transparência nas regras de segurança.

“Outro ponto crucial é a inclusão digital: garantir que todos os públicos – incluindo idosos e pessoas com menor acesso à tecnologia – possam utilizar essas soluções sem barreiras”, conclui.