Seu bolso

Quer começar 2023 sem dívidas? Se ligue nas dicas!

Apesar das promoções e ofertas que parecem imperdíveis no fim de ano, o ideal é gastar somente com aquilo que for necessário. Foto-Wagner Santana/Diário do Pará.
Apesar das promoções e ofertas que parecem imperdíveis no fim de ano, o ideal é gastar somente com aquilo que for necessário. Foto-Wagner Santana/Diário do Pará.

Trayce Melo

Copa do Mundo, Black Friday, décimo terceiro na conta e Natal e Réveillon na porta. Para muitos, esse é o cenário ideal para fazer aquelas compras de fim de ano. No entanto, a empolgação em comprar pode ser um gatilho e uma armadilha para a sua saúde financeira. O número de famílias endividadas atingiu, em setembro deste ano, 79,3% do total de lares no país, informou a Confederação Nacional do Comércio de Bens,
Serviços e Turismo (CNC).

Por isso, embora as circunstâncias sejam propícias, é essencial ter planejamento e organização financeira para começar o novo ano com tudo em ordem. O economista e consultor empresarial, Valfredo Farias, dá algumas dicas para não exagerar nos gastos no fim do ano e não entrar em 2023
já com dívidas para pagar.

A prioridade, de acordo com ele, principalmente é ter o “pé no chão” para organizar tudo com calma sem sair gastando sem planejamento. Ele lembra que, no atual momento, quanto menos dívidas, melhor. “Esse é um período de gastança, tende a aumentar com a Black Friday, Copa do Mundo e as festas de final de ano. Ano de juros altos, não sabemos como serão as eleições, não tem planos econômicos com grandes estratégias para a economia. Primeiramente tenha consciência do valor total que tem disponível e assim ir dividindo por itens de prioridade e gastar o mínimo no cartão de crédito, com isso, você já ficará mais tranquilo,
sem estresse”, orienta.

O economista recomenda cautela com as compras por impulso e sugere presentes mais baratos. “Os indicadores para o ano que vem não são bons, o cenário político é incerto, a Selic (taxa básica de juros da economia) está muito alta e ainda está projetando uma taxa muito maior de 9 a 10% para o próximo ano, impactando na economia dos bancos que não conseguem emprestar dinheiro para as empresas, deixando de contratar e gerar emprego e renda para reter a inflação de consumo. Pode acontecer do conflito entre Rússia e Ucrânia se intensificar e até mesmo surgir outros conflitos entre países, como China e Taiwan, gerando aumento no preço da gasolina e de suprimentos. Também no início do ano, muitas pessoas já têm dívidas fixas, como imposto do IPTU e IPVA , despesas escolares e licenciamento do carro”, enumera.

 

POUPAR

Valfredo Farias aconselha guardar dinheiro, ou seja, depositar o dinheiro extra na poupança. “A dica é não fazer dívidas de longo prazo. No final de ano, algumas pessoas costumam trocar de carro ou financiar apartamento. Pensar com muita cautela antes de se comprometer com uma dívida muito grande, ver se a mensalidade vai caber no bolso e manter dentro do seu padrão de consumo”, indica.