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Quatro em cada dez brasileiros adultos sofrem com dívidas

Se comparado ao mesmo período de 2023, o percentual de inadimplentes do Brasil teve crescimento de 1,92% em dezembro de 2024

Quatro em cada dez brasileiros adultos sofrem com dívidas Quatro em cada dez brasileiros adultos sofrem com dívidas Quatro em cada dez brasileiros adultos sofrem com dívidas Quatro em cada dez brasileiros adultos sofrem com dívidas
Patrick Hosana prioriza o planejamento financeiro como forma de evitar as dívidas FOTO: Irene Almeida
Patrick Hosana prioriza o planejamento financeiro como forma de evitar as dívidas FOTO: Irene Almeida

Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revelou que quatro em cada dez brasileiros adultos (41,51%) estavam negativados em dezembro de 2024, o que representa cerca de 68,49 milhões de consumidores. Se comparado ao mesmo período de 2023, o percentual de inadimplentes do Brasil teve crescimento de 1,92% em dezembro de 2024.

Já na passagem de novembro para dezembro de 2024, o número de devedores caiu 0,27%. Segundo a pesquisa, o crescimento do indicador anual se concentrou no aumento de inclusões de devedores com tempo de inadimplência de 3 a 4 anos (36,32%).

Ainda de acordo com a estimativa, pessoas na faixa etária de 30 a 39 anos fazem parte do grupo mais expressivo de devedores em dezembro de 2024, com 16,90 milhões de pessoas registradas em cadastro de devedores, ou seja, metade (49,76%) dos brasileiros desse grupo etário estão negativados. Por sexo, a participação dos devedores é distribuída em 51,16% mulheres e 48,84% homens.

O microempreendedor Patrick Hosana, de 33 anos, que trabalha no setor de aquarismo, comenta que não chegou a ficar inadimplente, mas já se ‘enrolou’ com algumas dívidas. Hoje, ele prioriza o planejamento financeiro e tem maior controle com o cartão de crédito. “Priorizo pagamentos à vista, mas o negócio do cartão é usar uma parte no crédito e o resto no dinheiro”. O jovem também afirma que faz um mapeamento de todas as dívidas. “Sei quanto ganho e faço esse mapeamento, além de não misturar despesas pessoais com as da empresa”, ressalta.

Quem utiliza da mesma estratégia é a microempreendedora Nayza Rocha, 50, que possui uma loja de personalizados. Ela conta que já chegou a ter problemas financeiros, mas hoje tem maior controle financeiro e difere finanças pessoais dos negócios. “Conta de energia elétrica e todos os outros gastos, são todos separados. Também não uso cartão de crédito, prefiro realizar pagamentos à vista, comecei a me policiar nisso desde o início da loja. Não gasto mais do que ganho, sou bem controlada com isso”.