Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) aponta que 61% dos consumidores brasileiros pretendem presentear no Dia dos Namorados.
De acordo com o levantamento, realizado em parceria com a Offerwise, a data deve levar 99,7 milhões de pessoas às compras no país, um aumento de 7,6 milhões em comparação com o ano passado.
Os esposos ou as esposas aparecem em primeiro lugar (66%) no ranking dos principais presenteados, enquanto 31% pretendem presentear os(as) namorados(as).
Entre os que não vão comprar presentes, 51% não têm namorado(a), noivo(a) ou cônjuge, 10% vão priorizar o pagamento de dívidas e 9% não tem dinheiro.
De acordo com o levantamento, 53% dos consumidores garantem que devem comprar um único presente, enquanto 30% pretendem adquirir dois itens, sendo a média de 1,5 presentes.
“A pesquisa aponta um crescimento no número de consumidores que deverão ir às compras no Dia dos Namorados este ano. A data é de grande importância para o comércio, uma vez que movimenta tanto as lojas quanto os restaurantes e bares no dia da comemoração”, destaca o presidente da CNDL, José César da Costa.
Consumidores vão gastar em média R$ 232 com presentes. Roupas, perfumes, cosméticos e maquiagem lideram o ranking dos itens mais procurados
A pesquisa mostra que com relação as compras pretendidas, 40% pretendem adquirir este ano a mesma quantidade de presentes que o ano passado, 24% pretendem comprar mais e 18% querem comprar menos.
Em relação aos gastos, 36% pretendem gastar mais este ano do que no ano passado, sendo os principais motivos comprar um presente melhor (53%), os produtos estarem mais caros (35%) e melhora na renda mensal (28%).
Já 12% devem gastar menos, porque estão com orçamento apertado (42%), para economizar (26%) e devido a inflação e instabilidade econômica (20%). 37% pretendem gastar o mesmo valor.
Em média, o consumidor brasileiro deve desembolsar R$ 232 com os presentes do Dia dos Namorados, (R$ 36 a mais que no ano passado), valor que aumenta entre as classes A/B para R$ 293.
Com isso, a data deve movimentar R$ 23,17 bilhões no varejo e serviços, tendo um aumento de R$ 5,1 bilhões na estimativa deste ano, quando comparado ao ano passado.
A principal forma de pagamento será à vista (68%), com destaque para o PIX (21%, aumento de 7 pontos percentuais comparado a 2022), cartão de débito (17%) e cartão de crédito à vista (15%). Já 29% devem pagar parcelado, com destaque para o cartão de crédito parcelado (26%).
Os presentes mais procurados serão roupas (41%), perfumes, cosméticos e maquiagem (31%), calçados (22%), um jantar (18%) e bombons e chocolates (16%).
Quanto às comemorações, 38% pretendem comemorar a data na própria casa, 28% preferem jantar fora e 9% em um hotel / motel.
Sete em cada dez dos consumidores (71%) pretendem ainda comprar algum produto ou serviço para se preparar para o Dia dos Namorados, principalmente roupas (38%), perfumes, cosméticos e maquiagem (24%), lingeries e peças íntimas (22%), calçados (17%) e tratamento estético (15%).
Quanto ao local de compra, 57% pretendem comprar a maioria dos presentes em lojas físicas, sobretudo em shoppings centers (26%) e nos shoppings populares (9%). Por outro lado, 36% farão as compras pela internet, sobretudo em lojas online (30%).
Na hora de escolher o local de compra, 57% afirmam que são influenciados pelo preço, 50% pela qualidade dos produtos, 38% pelas promoções e descontos e 32% pelo frete grátis.
De acordo com o levantamento, 77% pretendem fazer pesquisa de preço antes das compras, sendo que 82% costumam fazer pesquisa na internet, principalmente em sites/aplicativos (71%), com destaque para os sites de varejistas (64%), sites / aplicativos de lojas de departamento (58%), os sites e/ou aplicativos de busca (57%) e os sites de comparação de preço (30%).
Já 67% vão fazer pesquisa por canais físicos, sobretudo nas lojas de shopping (47%) e lojas de rua (32%). 44% dos consumidores pretendem fazer as compras na primeira semana de junho, 22% em maio e 19% nas vésperas da data, o que representa 18,8 milhões de consumidores que farão as compras de última hora para presentear.
34% pretendem comprar presentes mesmo com contas em atraso
Para impressionar o parceiro, muitos consumidores não veem limites e até ignoram os compromissos financeiros já assumidos. A pesquisa mostra que 34% dos entrevistados que pretendem comprar presentes irão às compras mesmo com contas em atraso, um aumento 8 pontos percentuais em comparação com o ano passado.
Entre estes, 76% estão com o CPF negativado em serviços de proteção ao crédito. Além disso, 12% deixarão de pagar alguma conta para comprar o presente da pessoa amada.
Os dados revelam ainda que 33% reconhecem gastar mais do que podem na compra de presentes para o parceiro. As justificativas para ultrapassar os limites do orçamento passam por achar que ele(a) merece (33%), querer agradar o parceiro(a) não se importando se vão gastar mais do que deveriam (24%) e gostar de agradá-lo, independente de terem que fazer dívidas para isso (19%).
“O país passa por um período de recorde no endividamento dos consumidores. É preciso, acima de tudo, ter disciplina para conter os gastos e usar a criatividade para comemorar a data”, orienta a especialista em finanças da CNDL, Merula Borges.