Procon Pará realiza mutirão para renegociação de dívida

Teve início ontem (16), em Belém, a segunda edição do mutirão Renegocia, promovido pelo Secretaria de Estado de Justiça (Seju), por meio da Diretoria de Proteção e Defesa do Consumidor do Pará (Procon Pará). A iniciativa, que segue até o dia 20 de dezembro, ocorre na sede do órgão, no bairro Umarizal, oferecendo condições para facilitar o pagamento de débitos junto a empresas de energia elétrica, água, telefonia e bancos.

O mutirão é uma adaptação de uma campanha nacional coordenada pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), mas, como explicou a diretora do Procon Pará, Gareza Moraes, foi planejado estrategicamente para coincidir com o período de pagamento do 13º salário.

“Ajudar aqueles que já comprometeram seu mínimo existencial ou prevenir que mais pessoas entrem nesse ciclo de endividamento. Adaptamos a ação para este momento, quando muitos consumidores recebem um extra e podem reorganizar suas finanças. A ideia é que eles possam começar 2025 livres de dívidas”, diz.

Durante a ação são distribuídas 50 senhas por dia para atendimento presencial. Os interessados devem levar RG, CPF, comprovante de residência e documentos relacionados às dívidas, como contratos e faturas. Na primeira edição, realizada em agosto de 2023, a diretora lembra que foram registrados 1.012 atendimentos, com 319 consumidores identificados como superendividados.

Gareza destacou a importância de uma abordagem personalizada, visando os casos em que a primeira proposta não é suficiente, mas o atendimento serve para mediar e buscar a melhor solução. “Temos aqui duas empresas bastante requisitadas pela população que são a Equatorial e Cosanpa; para os atendimentos relacionados à telefonia, temos uma linha direta entre os atendentes [do Procon] e as empresas, como a companhia Claro, Tim, entre outras”, acrescenta.

Sandra Oliveira, de 58 anos, professora aposentada, foi ao mutirão para tentar sanar uma dívida de empréstimo bancário contraída no início deste ano. Segundo ela, mais juros foram acrescentados à dívida. “Já tentei negociar direto com o banco, mas eles não ofereceram nenhuma solução. Aqui, fui bem atendida, preenchi um questionário e estou aguardando as próximas etapas. Até o momento estamos em saldo positivo e espero ter um alívio financeiro”, comenta.

Marizete Souza, 65, dona de casa, também procurou ajuda no mutirão. Ela, que precisou adquirir um crédito para pagar uma conta de energia, teve o valor das parcelas duplicado. “Sempre paguei minhas contas em dia, mas três parcelas foram comprometidas e o juros cobrado é 3 vezes a dívida. Com esse aumento estou com a saúde abalada por causa disso e espero que o banco reveja essa situação”.