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Preço do óleo de soja volta a pesar mais no bolso

Em agosto o preço médio do óleo de soja (garrafa de 900ml), subiu cerca de 6,39% em comparação ao mês de julho, de acordo com o Dieese

A estimativa daqui para a frente é que o preço do produto continue subindo FOTO: MAURO ÂNGELO
A estimativa daqui para a frente é que o preço do produto continue subindo FOTO: MAURO ÂNGELO

Após seis meses consecutivos de queda, entre os meses de fevereiro e julho deste ano, o preço médio do óleo de soja voltou a subir, de acordo com levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese-PA).

Em agosto de 2023, o produto foi vendido a R$ 6,83, e em dezembro do mesmo ano, fechou o ano custando em média R$6,93. Já em julho deste ano, custou por volta de R$6,73 e no mês passado, foi comercializado em média a R$7,16. Ou seja, em agosto o preço médio do óleo de soja (garrafa de 900ml), subiu cerca de 6,39% em comparação ao mês de julho, de acordo com o departamento.

No balanço comparativo dos meses de janeiro a julho de 2023, o produto também acumula alta de 3,32%. Já no comparativo de preços dos últimos 12 meses, de agosto de 2023 a agosto de 2024, a alta acumulada foi de 4,83%.

O supervisor técnico do Dieese Pará, Everson Costa, afirma que o período considerável de queda no preço do produto acompanhou a produção nacional, refletindo o crescimento recorde na produção de soja em todo o Brasil, entre os anos de 2022 e 2023. Inclusive, Everson Costa destaca que o estado do Pará é um dos grandes produtores de soja, ocupando a sexta colocação no que se refere à movimentação do agronegócio.

“O Brasil tem parcerias internacionais para vender esse produto, ampliou sua produção. Estamos falando de uma oferta maior combinada a preços mais atrativos. Então, a maior oferta e o crescimento da produção foram os grandes responsáveis para que o óleo de soja, durante um bom tempo, apresentasse queda de preço para todo o Brasil, não só para os paraenses”, explica.

Ainda de acordo com o supervisor técnico, a estimativa daqui para a frente é que o preço do produto continue subindo. As condições climáticas podem impactar a produção e distribuição logística do alimento na região Norte. “O paraense deve voltar a pagar mais caro ainda pela garrafa de óleo no mês de setembro. Tudo isso aqui tem impactado também logisticamente a distribuição e automaticamente formando um preço maior deste produto”.

Como o óleo de soja é amplamente utilizado nos lares e, principalmente, em uma série de atividades do ramo alimentício, há poucos substitutos para driblar a alta e economizar, mas orienta Everson Conta. “Temos as chamadas marcas mais tradicionais, mas outras marcas entraram em campo e fizeram com que essa competição pudesse dar ao consumidor a oportunidade de encontrar preços diferenciados. Vai do bolso e gosto do consumidor”, disse.