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Preço do açaí continua caro e chega a custar até R$ 40

Estudo de pesquisadores brasileiros mostra que, nos próximos 30 anos, áreas climaticamente adequadas ao extrativismo na região amazônica devem reduzir até 91%, afetando o processo de produção da bioeconomia local
Paraenses apreciadores questionam guia de internet que colocou o fruto em 9º lugar entre as melhores frutas do mundo. Para quem toma quase diariamente, ou trabalha com o produto, era para estar no topo da lista Foto: Irene Almeida/Diário do Pará.

Diego Monteiro

Olitro do açaí médio vendido em Belém ficou 44% mais caro em abril, na comparação com janeiro, de acordo com pesquisa divulgada na última sexta-feira, 26, pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos no Pará (Dieese/PA). O levantamento foi realizado em supermercados, feiras e outros pontos de vendas espalhados pelos diversos bairros da capital.

Conforme apontado pelo órgão, no primeiro mês de 2023, o preço médio do litro de açaí foi de R$ 19,92, mas no mês passado chegou a custar em média R$ 27,80. Em comparação ao mês de março, quando o mesmo produto era vendido a R$ 25,89, com os atuais valores praticados, notou-se uma alta de 7,38%. Vale destacar que o preço pode variar de um ponto de venda para outro.

Por exemplo, o açaí médio mais consumido em Belém foi encontrado por valores entre R$ 16,00 e R$ 25,00 na última semana do mês passado. Nas grandes redes de supermercado, o preço foi bem mais salgado e variou de R$ 30,00 a R$ 34,00. Esses valores têm tornado o tradicional açaí dos paraenses proibitivo para grande parte da população, de acordo com o Dieese/PA.

Grosso

Ao analisar o custo do açaí grosso, também houve aumento nos quatro primeiros meses deste ano, como observado na trajetória do preço: em dezembro de 2022, o litro custava cerca de R$ 29,27. Em janeiro do ano seguinte, o preço subiu para R$ 29,93, aumentando para R$ 31,90 em fevereiro e chegando a R$ 37,20 em março. já no final de abril, o valor alcançou R$ 40,83.