NOVOS CELULARES

Pix terá limite de R$ 1.000 por dia

Entenda as novas regras do Pix: limite de R$ 200 por transferência ou R$ 1.000 por dia para dispositivos não cadastrados.

Com a popularização cada vez maior dessa forma de pagamentos, os criminosos usam diferentes táticas para atacar vítimas. Confira quais são e as melhores formas de evitar dor de cabeça na hora dos pagamentos
Com a popularização cada vez maior dessa forma de pagamentos, os criminosos usam diferentes táticas para atacar vítimas. Confira quais são e as melhores formas de evitar dor de cabeça na hora dos pagamentos Foto: Divulgação

A partir desta sexta-feira (1º), quem mudar de aparelho (computador ou celular) para acessar o Pix terá um limite de R$ 200 por transferência ou de R$ 1.000 por dia até cadastrar o equipamento no banco.
A exigência é válida apenas para dispositivos que nunca tenham sido usados para acessar o Pix. Para os aparelhos ativos e já cadastrados junto ao banco, nada muda.
Segundo a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), caberá ao banco enviar uma mensagem diretamente ao cliente por meio de seu aplicativo oficial, indicando os dados necessários e onde deve ser feito esse cadastro.
Walter Faria, diretor-adjunto de Serviços da Febraban, afirma que a medida é fruto de debate com o Banco Central para reduzir o número de fraudes.
Com a nova regra, se a instituição detectar que o Pix está sendo acessado por um dispositivo diferente do utilizado pelo cliente para gerenciar chaves e iniciar transações Pix, a transação será limitada automaticamente.
Faria afirma que o cliente deve ficar atento, não clicar em links, emails e em mensagens de WhatsApp ou SMS que solicitem dados pessoais e bancários.

“Se você receber alguma mensagem fora dos canais oficiais de seu banco, ignore, porque provavelmente é um golpe”, diz.

Segundo a Febrabran, com as novas regras, todas as cerca de 900 instituições participantes do Pix (entre bancos e instituições de pagamento) deverão utilizar solução de gerenciamento de risco de fraude que contemple as informações de segurança armazenadas no Banco Central e que seja capaz de identificar transações Pix atípicas ou não compatíveis com o perfil do cliente.
As instituições também terão que verificar, pelo menos uma vez a cada seis meses, se seus clientes têm marcações de fraude na base de dados do Banco Central.

PIX AGENDADO PARA ALUGUEL E MESADA

Nesta semana, o Banco Central também liberou o uso do Pix automático, que estava previsto para funcionar somente em 16 de junho de 2025.
Desde segunda-feira (28), os usuários podem agendar pagamentos de valor fixo pelo Pix, sem a necessidade de autenticação a cada transação. Entre os tipos de transação que podem contar com o novo serviço estão mesadas, doações e aluguel entre pessoas físicas, segundo o Banco Central.
Todas as instituições financeiras deverão oferecer o serviço até abril de 2025.
A ordem de pagamento agendada pelo cliente tem de ser liquidada entre meia-noite e 8h da manhã sempre que houver recursos suficientes na conta bancária.
Se a conta não tiver recursos, a instituição deve comunicar o cliente sobre a falha e fazer uma outra tentativa de Pix entre 18h e 21h do mesmo dia. Se o pagamento não for realizado após a nova tentativa, ele deverá ser notificado novamente. (ANA PAULA BRANCO)