
Belém e Pará - O preço do pescado comercializado nos mercados municipais de Belém voltou a cair em setembro, registrando o quinto mês consecutivo de redução em 2025. O dado é resultado da pesquisa conjunta do DIEESE/PA e da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (SEDCON/PMB), que monitora mensalmente o comportamento do setor pesqueiro na capital paraense.
De acordo com o levantamento, a queda acumulada nos últimos meses reflete melhor oferta de espécies regionais e condições favoráveis de captura, o que tem ajudado a aliviar os custos para consumidores e comerciantes locais.
Em relação a agosto, as maiores reduções de preço em setembro foram observadas em espécies bastante consumidas no estado: a dourada teve recuo de 14,31%, seguida pela serra (-13,20%), sarda (-12,69%), gurijuba (-11,82%), corvina (-11,41%), tamuatá (-9,01%) e arraia (-8,83%).
Também apresentaram reduções o filhote (-7,53%), camurim (-7,28%), uritinga (-7,24%), tambaqui (-7,23%), xaréu (-6,13%), tucunaré (-4,40%), pescada amarela (-2,23%) e tainha (-0,73%).
Por outro lado, algumas espécies tiveram alta de preços, como a piramutaba (+10,27%), pescada branca (+8,40%), traíra (+7,84%) e cação (+2,25%).
Segundo o DIEESE/PA e a SEDCON, a tendência de queda nos preços deve continuar em outubro, impulsionada pela ampliação da oferta e melhores condições de captura no litoral e nos rios da região.
Análise do ano: maioria ainda acima da inflação
Mesmo com a sequência de quedas recentes, o balanço acumulado de janeiro a setembro de 2025 mostra que a maioria dos pescados segue mais cara que no início do ano. A inflação acumulada no período ficou em 3,6%, mas diversas espécies apresentaram reajustes superiores.
As maiores altas foram registradas na traíra (+22,55%), mapará (+15,57%), piramutaba (+13,42%), pirapema (+11,77%) e xaréu (+10,27%). Já entre as espécies com maiores quedas no ano estão o tucunaré (-27,25%), serra (-20,08%), tainha (-18,31%) e corvina (-16,20%).
Editado por Débora Costa