Irlaine Nóbrega
Ter conhecimento sobre a situação financeira é a principal chave para aproveitar as férias de forma equilibrada. Para tomar qualquer decisão é preciso, primeiramente, ter em vista todos as despesas mensais através da análise do extrato da conta corrente, do cartão de crédito e dos gastos fixos, como o aluguel e as contas de energia e água; e os gastos variáveis. Só assim é que o consumidor terá a real noção da sua capacidade de gasto e reserva mensais.
“Como educadora financeira eu diria que a base de tudo é a informação e o conhecimento. Para se organizar é preciso ter conhecimento sobre qual é a renda que entra todo mês, quais são os ganhos fixos ou variáveis, como comissões, para você conseguir identificar o que tem de poder de decisão sobre a sua renda. Tem que fazer registro em planilha e, a partir daí, tomar decisões a partir do que tem disponível naquela realidade financeira”, explica a educadora financeira Isabela Amâncio.
PLANEJAMENTO
Por isso, ao se organizar para as férias é preciso priorizar o objetivo do planejamento. “A organização financeira só vai para frente se existir clareza nos objetivos pessoais. Às vezes pode ser uma coisa chata, que demanda tempo e energia, e, por isso, a gente tem que ter um foco. Então, é preciso ter em mente que ‘estou fazendo esforço para que as minhas férias sejam boas’ ou que ‘no final do ano eu vou fazer uma viagem’. É importante para manter uma motivação mesmo”, aconselha a economista.
Feita a organização e estabelecida a logística da viagem, é hora de pensar em como economizar sem perder as opções de lazer. Com a análise feita, é necessário fazer uma espécie de orçamento com todos os gastos previstos na viagem, incluindo passagens, hospedagem, alimentação, transporte e passeios para definir um teto de despesas diárias de acordo com o montante da renda reservada para o momento de descanso.
“Quem não está acostumado a fazer acompanhamento financeiro pode fazer a análise do extrato e a escolha de como vai agir, definindo um valor para a semana ou em cada atividade. É um teto financeiro para que você passeie e aproveite, mas quando voltar para casa coloque tudo na ponta do lápis. Se o orçamento ficar apertado, tem que fazer anotação dos gastos todos os dias para saber quais são as próximas opções. É ótimo ter essa soma porque fica muito mais fácil para uma próxima viagem”, orienta.
Mesmo faltando menos de um mês para julho, ainda dá tempo de se preparar para curtir o verão. “O que dá para ser feito agora é uma análise, entender a situação de hoje e fazer um planejamento de curto prazo, mas não dá para mudar a realidade. O prazo está curto para mudar a realidade, você só vai entender como está a sua situação e agir ancorado nisso”, finaliza a educadora financeira.